Representantes do setor agropecuário criticaram a nova Medida Provisória que prevê aumento de tributos com foco arrecadatório. Segundo os ruralistas, o governo federal mais uma vez adota medidas imediatistas, sem atacar o principal problema: o descontrole dos gastos públicos.
Eles avaliam que o Palácio do Planalto ignora alertas anteriores, como os protestos contra o aumento do IOF decretado recentemente. Para o setor, não há mais espaço para tributos pontuais nem penalizações ao produtor e ao consumidor.
Impostos nos preços dos alimentos
A elevação de impostos, dizem os produtores, afeta diretamente os preços de alimentos, viagens, escolas e demais itens essenciais.
O novo decreto que ajusta o IOF segue, segundo eles, penalizando empresas e encarecendo o crédito para o setor produtivo. Mesmo assim, o governo insiste que cumprirá metas fiscais com dividendos extraordinários de estatais e com o PL do óleo adjacente licitado.
Para os ruralistas, esse argumento reforça que o decreto do IOF carece de sentido e prejudica a economia nacional. Eles cobram uma reforma fiscal baseada no controle de gastos, e não em aumento de arrecadação sobre quem já produz.
O setor produtivo afirma que já é um dos mais tributados do país e tem colaborado intensamente com a arrecadação pública. Mais impostos, segundo eles, afetam a competitividade, reduzem os investimentos e prejudicam o crédito para o agronegócio.
Congresso Nacional
O setor espera que o Congresso Nacional mantenha a postura firme que teve ao rejeitar o aumento do IOF. Ou seja, os produtores pedem previsibilidade, responsabilidade e coerência para garantir crescimento sustentável da economia brasileira.
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