O governo de São Paulo confirmou o primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Estado em 2025. O vírus da gripe aviária foi identificado em uma marreca-caneleira, uma ave silvestre migratória, que apareceu no município de Diadema, na Grande São Paulo.
O diagnóstico foi feito pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), logo após a coleta de amostras da ave. Ela apresentava sinais claros de problemas neurológicos e respiratórios, como apatia, desorientação e ausência total de reação à presença de pessoas.
Caso isolado, sem risco para granjas nem para a população
De acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), o caso é isolado, ou seja, não tem qualquer ligação com granjas comerciais, feiras de animais ou unidades de produção de alimentos no Estado.
Além disso, as autoridades asseguram que o episódio não afeta o status sanitário do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Também não há impacto nas exportações de carne de frango, ovos e derivados, que continuam operando normalmente.
Região está sob vigilância sanitária rigorosa
Assim que confirmou o vírus, a Defesa Agropecuária iniciou uma operação emergencial de monitoramento sanitário, cobrindo um raio de 10 quilômetros a partir do local onde a ave foi localizada.
Como se trata de uma região urbana, não há nenhuma granja comercial na área, o que naturalmente reduz o risco de disseminação do vírus.
Além disso, as equipes técnicas estão realizando ações de orientação porta a porta, especialmente em bairros, praças, parques e áreas de preservação, onde há maior circulação de aves silvestres e migratórias. Os moradores recebem informações detalhadas sobre sinais clínicos da doença e protocolos de biosseguridade.
Plano de contingência contra gripe aviária já está ativo
O trabalho de contenção está sendo coordenado pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), que atua de forma integrada com a Secretaria de Agricultura, Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente, além de ONGs, parques e zoológicos.
Inclusive, a Secretaria da Saúde elaborou um Plano de Contingência específico, tanto para proteger os animais quanto para responder rapidamente caso haja qualquer suspeita em humanos. Até o momento, não há registros de infecção em pessoas no Estado.
Frango e ovos seguem seguros: consumo não oferece risco
As autoridades de saúde e defesa sanitária reforçam que não há risco no consumo de carne de frango, ovos ou qualquer produto avícola. A transmissão do vírus não ocorre por meio de alimentos, mas sim por contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas, especialmente se isso ocorrer sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Por isso, a recomendação é clara: se você encontrar aves mortas, doentes ou com comportamento anormal, não toque nelas. Acione imediatamente a Defesa Agropecuária pelos seguintes canais:
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📞 Telefone: (11) 5067-0428
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📧 E-mail: defesaanimal@sp.gov.br
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📲 Aplicativo: Defesa AgroSP
Situação no Brasil segue controlada, garante governo
Embora a gripe aviária tenha avançado em alguns países das Américas, o Brasil segue como país livre de Influenza Aviária na produção comercial, segundo o Ministério da Agricultura.
Esse status é essencial, pois garante tanto o abastecimento interno quanto a manutenção das exportações, que atualmente somam mais de US$ 9 bilhões por ano.
Por fim, o governo federal e os estados reforçaram a rede nacional de vigilância sanitária, especialmente nos principais polos produtores de aves, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, justamente para evitar qualquer risco da gripe aviária à cadeia produtiva.
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