Close Menu
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Facebook X (Twitter) Instagram
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Agro em Campo
Home » Artigo: Impactos da Lei do Autocontrole na cadeia produtiva de alimentos e bebidas
Artigos

Artigo: Impactos da Lei do Autocontrole na cadeia produtiva de alimentos e bebidas

João MáximoPor João Máximo22/06/2025
Facebook Twitter WhatsApp
Facebook Twitter WhatsApp

Nos últimos anos, o Brasil tem promovido significativas transformações no setor agropecuário e na indústria de alimentos e bebidas. A implementação de normativas como a Lei 14.515/2022, que cria o Sistema Nacional de Política Agrícola (SNPA), e a Lei do Autocontrole, recentemente reforçada pelo Decreto 12.126/2024, que estabelece o dever para empresas do setor agropecuário em implementar sistemas próprios para garantir a qualidade e segurança dos seus produtos, são exemplos disso.

Esse arcabouço legal propõe uma modernização ampla da fiscalização e regulação da cadeia produtiva agroindustrial, reduzindo a necessidade da fiscalização direta do governo e tornando os processos mais ágeis, sem comprometer a segurança alimentar e a conformidade com as normas sanitárias.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Porém, com essas mudanças também surgem desafios, preocupações e oportunidades que precisam ser analisadas à luz do contexto jurídico e da realidade do setor produtivo brasileiro.

Leia Também:

Artigo: Agronegócio 4.0: franquias são a próxima Revolução Rural

O Agro está ficando tech: desafios e oportunidades na era da tecnologia

Artigo: como a flutuação do dólar afeta o agronegócio

A Lei de Autocontrole estabelece programas de controle para agentes privados no setor agropecuário, auxiliando com diretrizes para a política agrícola no Brasil, no intuito de integrar as iniciativas públicas e privadas. Entre seus principais pilares estão a segurança alimentar, a competitividade, a sustentabilidade e o fomento à inovação tecnológica.

Essa Lei pode ser considerada uma espinha dorsal para a organização do setor, criando o contexto necessário para que legislações específicas possam ser implementadas de maneira eficiente e integrada.

Maior responsabilidade às empresas

O propósito da Lei do Autocontrole, por sua vez, é transferir maior responsabilidade às empresas da cadeia produtiva, exigindo que desenvolvam sistemas próprios de monitoramento e controle, para garantir qualidade e segurança de seus produtos e desburocratizar a fiscalização estatal. Desse modo, o Decreto 12.126/2024, publicado em agosto de 2024, detalha os requisitos da Lei do Autocontrole e operacionaliza sua aplicação. Ele exige que os agentes econômicos implementem programas de autocontrole com registros auditáveis de todo o processo produtivo, planos de recolhimento (recall) em caso de não conformidades, procedimentos para correção de desvios e prevenção de falhas e adequação a normas higiênico-sanitárias.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Além disso, o decreto introduz a fiscalização baseada em risco, permitindo ao Estado concentrar seus recursos nas situações de maior vulnerabilidade. Na prática, isso significa que o governo dará maior atenção a empresas ou setores com maior histórico de não-conformidades. Companhias que aderirem ao Programa de Incentivo à Conformidade Agropecuária tendem a se beneficiar com menor frequência de inspeções presenciais.

Enquanto o arcabouço legal pode gerar custos iniciais de adequação, como implementação de sistemas de autocontrole e treinamentos, a longo prazo, as empresas tendem a obter vantagens em redução de custos operacionais com fiscalizações estatais, maior previsibilidade e segurança jurídica e melhor acesso a mercados internacionais que exigem altos padrões de qualidade. Além disso, também promove práticas mais responsáveis e sustentáveis na produção de alimentos e bebidas.

A falta de preparo técnico para gestores e trabalhadores na adoção das novas práticas exigidas e fiscalização efetiva, que ainda depende de estrutura adequada do Estado, também são desafios que podem ser superados com o tempo.

Como superar os obstáculos

Além disso, a implementação de subsídios ou incentivos fiscais para que pequenos e médios produtores possam aderir aos sistemas de autocontrole sem comprometer sua viabilidade econômica, a expansão de programas de extensão rural e treinamento e o investimento na modernização de sistemas digitais para acompanhamento em tempo real das cadeias produtivas são aspectos que podem acelerar a superação desses obstáculos iniciais.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A Lei do Autocontrole, aprimorada recentemente pelo Decreto 12.126/2024, marca um passo significativo para modernizar e tornar mais eficiente a regulação do setor agroindustrial brasileiro. No entanto, o sucesso dessas medidas depende de um equilíbrio entre exigências regulatórias e suporte ao setor produtivo. Assim, garantindo que os avanços sejam inclusivos e sustentáveis.

Além do mais, como o decreto regulamentador introduz a possibilidade de fiscalização privada, já começaram a surgir ruídos políticos sobre o tema a exemplo do Grupo de Trabalho (GT) recentemente criado pelo Governo Federal para avaliar os impactos que essa delegação à iniciativa privada poderá ter no crivo necessário para avaliação do cumprimento das exigências regulatórias.

Com ajustes pontuais e um diálogo constante entre o governo, o setor privado e a sociedade civil, o Brasil tem a oportunidade de consolidar sua posição como um líder global na produção de alimentos e bebidas com qualidade, segurança e responsabilidade ambiental.

*João Máximo é advogado cível do Marcos Martins Advogados

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente a opinião do Agro em Campo e de seus editores.

Leia mais:
+ Agro em Campo: Operação apreende mais de 50 toneladas de soja no Rio Grande do Sul

+ Agro em Campo: Empresa investe R$ 20 milhões para impulsionar uso de drones agrícolas

×
Lavoro firma acordo de recuperação extrajudicial de R$ 2,5 bilhões
advogado artigo João Máximo Lei do Autocontrole política agrícola
Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp
AnteriorFrio intenso volta ao Rio Grande do Sul na próxima semana
Próximo Lavoro firma acordo de recuperação extrajudicial de R$ 2,5 bilhões
João Máximo

Conteúdo Relacionado

Artigo: o novo momento da pecuária paulista

21/06/2025

Do campo ao mundo: o poder da IA no agronegócio brasileiro

20/06/2025

Artigo – Inteligência Artificial no campo

13/06/2025

Artigo: cibersegurança no campo

16/05/2025

Artigo: O agronegócio brasileiro precisa liderar a transição energética no campo

09/05/2025

Artigo: a importância do agroturismo na América do Sul

05/05/2025
Comentar
Leave A Reply Cancel Reply

Em alta

Lavoro firma acordo de recuperação extrajudicial de R$ 2,5 bilhões

Frio intenso volta ao Rio Grande do Sul na próxima semana

Conheça o Projeto Mangues da Amazônia

Vazio sanitário da soja começa em todo o Paraná

Tecnologias digitais impulsionam crescimento do agronegócio

Câmara dos Deputados aprova medidas de incentivo ao setor cacaueiro brasileiro

Agro em Campo
Agro em Campo

Somos o Agro em Campo, uma plataforma de conteúdo que engaja temas relevantes do segmento Agro por meio de notícias no ambiente digital.

Produzimos conteúdo de qualidade e independência editorial do Brasil para mundo.

Somos sustentáveis, somos o sonho de uma sociedade que gera alimentos, influência, boas práticas ambientais e representatividade na economia. Temos orgulho de sermos Agro.

Institucional
  • Quem Somos
  • Notícias
  • Sustentabilidade
  • Eventos
  • Leilões
Últimas Publicações

Abiu: a doce joia da Amazônia

22/06/2025

Cobertura vegetal supera meta em MT, mas falta diversidade

22/06/2025

Milho, coco, batata-doce e amendoim: os superalimentos juninos

22/06/2025
© 2025 AGRO EM CAMPO

Digite acima e pressione Enter para pesquisar.