Com raízes no Leste Europeu e alma brasileira, a Casa da Matrona participa da quarta edição do São Paulo Coffee Festival, que acontece entre os dias 27 e 29 de junho, na Bienal do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Em sua segunda participação no evento, a cafeteria de espírito comunitário leva ao público não apenas cafés especiais, mas uma filosofia de afeto, partilha e empreendedorismo colaborativo.
Fundada na Vila Zelina — bairro conhecido por abrigar a maior comunidade de imigrantes do Leste Europeu no país —, a Matrona combina decoração vintage, identidade plural e hospitalidade, servindo cafés autorais em meio a sofás antigos, fliperamas e imagens religiosas. Neste ano, o espaço apresenta duas novidades: o lançamento do cacau torrado em amêndoa inteira e um formato inédito de marca própria colaborativa de cafés.
Lucro compartilhado e impacto social: o DNA da Matrona
A proposta da Casa da Matrona vai além da xícara. Criada com base em um modelo 100% colaborativo, a empresa divide seus lucros com os próprios parceiros — sejam eles investidores financeiros ou pessoas que contribuem com seu tempo de trabalho.
“Nós somos a primeira casa 100% colaborativa no varejo brasileiro. Todo lucro líquido é dividido de forma igual entre quem faz o negócio acontecer. É uma lógica de economia solidária”, afirma Ivan Alatxeve, fundador da Matrona.

No São Paulo Coffee Festival 2025, a cafeteria apresenta um sistema de marca própria acessível a qualquer pessoa ou empresa interessada em comercializar café com identidade. “A gente faz o café, cuida do processo, rotula com a marca do parceiro e, depois das vendas, 50% do lucro líquido é dele, 50% é nosso. O custo de produção volta pra gente. É um modelo transparente, que permite a qualquer um ter seu café sem precisar investir na compra do produto”, explica Ivan.
Além disso, a Matrona aposta em encontros batizados de “cafeneísmo”, nos quais promove experiências sensoriais, torra ao vivo, rodas de conversa e degustações com marcas parceiras. “Esse é o nosso caminho de diversificação e crescimento. Estamos construindo um ecossistema que une excelência, afeto e inclusão.”
Com o lançamento do cacau torrado em amêndoa inteira, a marca celebra a conexão entre duas potências brasileiras: o café e o cacau. “O Brasil é terra de café, mas também de cacau. Queremos explorar essa raiz de maneira afetiva, com respeito à cadeia produtiva e aos pequenos produtores”, conclui.
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