O vazio sanitário da soja começa nesta quinta-feira (3/7) no Rio Grande do Sul e segue até 30 de setembro. Durante esse período de 90 dias, produtores não podem manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em suas lavouras. A medida, definida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) através da Portaria 1217/2025, visa combater a ferrugem asiática e proteger a produtividade das lavouras gaúchas.
Além do vazio sanitário, o Mapa também estabeleceu o calendário de semeadura da soja no estado. O plantio poderá ocorrer de 1º de outubro a 28 de janeiro de 2026.
Segundo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o vazio sanitário e o calendário de plantio são estratégias essenciais para o controle da ferrugem asiática. “Essas ações garantem o manejo da praga, a manutenção das ferramentas químicas e a produtividade da cultura para nosso estado”, afirma Felicetti.
A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, representa uma das maiores ameaças à sojicultura. Para monitorar a doença, o Rio Grande do Sul mantém o programa Monitora Ferrugem RS, que acompanha a presença de esporos nas regiões produtoras do estado.
O programa utiliza métodos de detecção de esporos aliados à análise das condições meteorológicas para gerar mapas de risco da doença. Essas informações orientam técnicos e produtores na adoção de medidas preventivas e no manejo eficiente das lavouras.
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