O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificou o combate à pesca ilegal durante a Operação Mugil, focada na proteção da tainha (Mugil liza) no período reprodutivo, em Santa Catarina. A fiscalização utilizou monitoramento via satélite para identificar infrações ambientais e garantir o cumprimento das normas pesqueiras.
No dia 5 de julho, agentes do Ibama, em parceria com a Marinha do Brasil e o Ministério da Pesca e Aquicultura, apreenderam uma embarcação pesqueira flagrada em atividade irregular. A ação resultou na apreensão de 12 quilômetros de rede de emalhe e 240 quilos de pescado. O Sistema PREPS, ferramenta nacional de rastreamento de embarcações por satélite, foi fundamental para localizar e comprovar a infração. O Mapa de Bordo, preenchido pelo mestre do barco, confirmou as irregularidades.
O proprietário e o mestre da embarcação receberam multa de R$ 10.500,00. Além disso, as autoridades apreenderam todos os apetrechos de pesca, o pescado e o veículo utilizado na operação ilegal. O Ibama reforça que áreas proibidas à pesca são essenciais para a alimentação e reprodução das espécies de interesse comercial. Essas regiões funcionam como berçários naturais, contribuindo para a reposição dos estoques pesqueiros e beneficiando a pesca sustentável em áreas permitidas.
Razões da operação
Segundo Luiz Louzada, analista do Ibama e coordenador da Operação Mugil, a fiscalização rigorosa visa proteger a biodiversidade marinha. Além de garantir o equilíbrio dos ecossistemas costeiros: “Áreas proibidas à pesca são cruciais para a alimentação e reprodução das espécies. Elas funcionam como áreas de reposição de novos recrutas, beneficiando diretamente a pesca em regiões permitidas e os próprios pescadores”, afirma Louzada.
O pescado apreendido foi doado ao Instituto Lar da Juventude, em Itajaí, que atende mais de 800 crianças, adolescentes e jovens no contraturno escolar. A doação reforça o compromisso do Ibama com a responsabilidade social e a conservação ambiental, ao transformar o resultado das apreensões em benefício para a comunidade local.
A Operação Mugil segue ativa até o fim de julho, com ações integradas entre Ibama, Marinha, Polícia Federal e órgãos estaduais, para coibir práticas ilegais e preservar os estoques de tainha e outras espécies ameaçadas no litoral catarinense.
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