Resumo da notícia
- Um encontro raro no Refúgio Ecológico Caiman mostrou uma tamanduá-bandeira enfrentando uma onça-pintada e seus dois filhotes, fazendo-os recuar com vocalizações e postura agressiva.
- Os filhotes de onça-pintada demonstravam curiosidade, mas recuaram diante da defesa ativa da tamanduá, que usou suas garras afiadas para se proteger.
- Tamanduás-bandeira são presas difíceis para onças devido à sua força, garras e comportamento protetor, especialmente quando acompanhados de filhotes.
- A espécie está vulnerável por perda de habitat e atropelamentos; encontros como esse destacam a importância da conservação desses animais essenciais para o equilíbrio ecológico.
Resumo gerado pela redação.
Um encontro raro e surpreendente entre uma tamanduá-bandeira e uma família de onças-pintadas foi registrado no Refúgio Ecológico Caiman, no Mato Grosso do Sul. O biólogo e guia do Onçafari, Bruno Sartori Reis, acompanhava um grupo de turistas quando testemunhou uma cena inusitada: a onça-pintada Aroeira e seus dois filhotes, Jatobá e Jacarandá, recuaram diante da coragem de uma fêmea de tamanduá-bandeira, que os afugentou com vocalizações intensas e postura agressiva.
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“Ela veio em cima da Aroeira e dos filhotes, colocando todo mundo para correr”, relatou Bruno ao Conexão Planeta. Segundo ele, os felinos, que inicialmente pareciam curiosos com o tamanduá, recuaram diante da reação inesperada. “Não era uma tentativa de caça, mas sim uma curiosidade natural dos filhotes”, explicou.
Tamanduás: presas difíceis para onças
Embora as onças-pintadas considerem os tamanduás-bandeira como presas em potencial, esses animais oferecem uma defesa formidável. Com garras afiadas nas patas dianteiras e um instinto protetor aguçado – especialmente quando acompanhados por filhotes –, eles podem se tornar adversários perigosos. “O tamanduá encara a onça, usa suas garras e não é uma presa fácil”, destacou Bruno, que já presenciou outros episódios semelhantes, mas nunca com três onças envolvidas.
Gigantes em risco
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é o maior representante da família dos tamanduás, podendo atingir até 2 metros de comprimento (incluindo a cauda) e 40 kg. Esses animais solitários, típicos de biomas como o Cerrado e o Pantanal, alimentam-se principalmente de formigas e cupins, usando sua língua longa e pegajosa para capturar as presas.
Apesar de sua força e comportamento defensivo, a espécie está classificada como “vulnerável” pela IUCN, devido à perda de habitat e atropelamentos. Encontros como o registrado em Caiman reforçam a importância da conservação desses animais únicos, que desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico.
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