Produtores devem eliminar todas as plantas e resíduos até 30 de setembro para reduzir infestação do bicudo-do-algodoeiro
algodão

O Vazio Sanitário do Algodão entra em vigor nesta sexta-feira (1º de agosto) em todo o Estado de São Paulo, com exceção de 109 municípios do noroeste, que terão um calendário diferenciado. A medida, estabelecida pela Resolução SAA nº 30/2024, visa controlar o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), praga que pode causar perdas de até 70% na produtividade.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal, explica que o período sem plantas vivas reduz a reprodução do inseto. “Sem alimento, a população da praga diminui, protegendo a próxima safra”, afirma.

Regras para os produtores

Eliminar todas as plantas e soqueiras (restos de cultivo) até 30 de setembro.

Monitorar rebrotes, já que o algodão é de difícil erradicação.

Cadastrar áreas de plantio no sistema GEDAVE em até 15 dias após o fim do cultivo.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Quem descumprir as normas pode sofrer multas e sanções.

Regionalização do vazio sanitário

Enquanto a maior parte de SP segue o período de 1º de agosto a 30 de setembro, 109 municípios – como São José do Rio Preto, Barretos e Votuporanga – terão o vazio entre 10 de setembro e 10 de novembro.

“Essa região planta algodão após a soja, estendendo o ciclo da cultura. Por isso, o período foi ajustado”, explica Paloschi.

Por que o bicudo é tão perigoso?

  • Ataca botões florais e maçãs, causando queda prematura.
  • Se alimenta de fibras e sementes, reduzindo a qualidade do algodão.
  • Pode dizimar lavouras se não for controlado.

A medida segue o Programa Nacional de Controle do Bicudo, do Ministério da Agricultura (MAPA), e é essencial para manter a competitividade do algodão paulista.

Produtores devem ficar atentos, pois os órgãos de fiscalização vão intensificar as ações para garantir o cumprimento das regras.

Leia mais:
+ Agro em Campo: Isenção do suco na tarifa dos EUA alivia o setor

+ Agro em Campo: Carne suína perde espaço frente a bovina e frango