Medida entra em vigor no mesmo dia em que Trump anuncia sobretaxa de 50%; exportadores veem na Ásia uma saída estratégica
Foto: Divulgação - Mapa

A China habilitou 183 novas empresas brasileiras a exportar café para seu mercado, anunciou a Embaixada chinesa no Brasil. A medida, válida por cinco anos, entrou em vigor em 30 de julho – mesmo dia em que os EUA confirmaram tarifas de 50% sobre o café brasileiro.

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O mercado chinês consome apenas 16 xícaras de café per capita ao ano, contra 240 da média global. Mas o volume importado do Brasil saltou 6,5 vezes entre 2020 e 2024. A rede Luckin Coffee, maior cadeia de cafeterias da China, já firmou contrato para comprar 240 mil toneladas do produto brasileiro até 2029.

Minas Gerais lidera corrida para a China

Minas Gerais, maior produtor nacional, viu o café superar o minério de ferro nas exportações no primeiro semestre de 2025, com receita de US$ 5,5 bilhões. A China já é o principal destino das vendas mineiras, respondendo por 33,7% do total.

Os Estados Unidos importaram 471,5 mil toneladas de café brasileiro em 2024. Mas a tarifa de 50% ameaça reduzir esse fluxo a partir de 6 de agosto. O Cecafé (Conselho de Exportadores) negocia a exclusão do produto da lista de taxações.

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Especialistas da USP alertam que o redirecionamento para a China exigirá logística ágil e estratégias comerciais para compensar perdas com os EUA 18. A medida chinesa, aliada a contratos como o da Luckin, deve acelerar a diversificação de mercados.

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