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    Unha-do-diabo ameaça carnaúba no Nordeste brasileiro

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte15/08/2025
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    Foto: Governo do Ceará
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    Resumo da notícia

    • A unha-do-diabo, planta invasora importada de Madagascar há 40 anos, ameaça os carnaubais do Ceará ao sufocar palmeiras, liberar látex tóxico e dificultar o manejo da palha, impactando negativamente a economia local.
    • A infestação da trepadeira compromete a biodiversidade da Caatinga, eliminando espécies nativas e afetando animais que dependem das palmeiras, além de alterar o equilíbrio ecológico da região semiárida.
    • A carnaúba é vital para a economia do Nordeste, especialmente no Ceará, que lidera a produção e exportação de cera, gerando cerca de 90 mil empregos diretos; a invasão ameaça a renda de milhares de pequenos produtores rurais.
    • O controle da unha-do-diabo é difícil e feito principalmente por corte e queima, métodos pouco eficazes e prejudiciais ao meio ambiente, o que agrava a situação social e econômica das comunidades afetadas.

    Resumo gerado pela redação.

    A “unha-do-diabo” (Cryptostegia madagascariensis) representa, hoje, uma das maiores ameaças às áreas de carnaúba no Nordeste brasileiro. Especialmente no Ceará, onde a palmeira é símbolo estadual e pivô de uma expressiva cadeia socioeconômica. Importada de Madagascar cerca de 40 anos atrás como planta ornamental, a unha-do-diabo tornou-se uma trepadeira invasora de difícil controle. E cujas consequências ambientais e econômicas são vastas e preocupantes.

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    Como a unha-do-diabo prejudica a carnaúba?

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    • Sufocamento e morte das palmeiras: a trepadeira envolve o tronco da carnaúba, cobre sua copa e impede a entrada de luz, além de sufocar a planta, levando à morte por asfixia e falta de fotossíntese. Massas impenetráveis da planta já inviabilizaram a extração da palha em diversas regiões, especialmente em municípios do Ceará como Granja e Jaguaruana, com registros de invasões que ultrapassam 70% das áreas de carnaubais.
    • Liberação de látex tóxico: a Cryptostegia libera um látex que dificulta o corte manual, pode causar intoxicação e contamina solos, afetando novas mudas.
    • Barreiras físicas: forma massas vegetais densas que dificultam o deslocamento de pessoas e animais, atrapalham a pecuária e comprometem rotas tradicionais de coleta da palha.
    • Competição por recursos: como espécie voraz, consome recursos hídricos escassos do semiárido, competindo de forma desigual com a carnaúba e outras espécies nativas da Caatinga.

    Ameaça à biodiversidade da Caatinga

    A proliferação da unha-do-diabo nos carnaubais e em outras áreas do semiárido ameaça a biodiversidade da Caatinga ao dominar rapidamente o espaço ocupado por espécies nativas. Portanto, promovendo a morte de árvores e modificando profundamente o equilíbrio ecológico da região. Isso reduz a disponibilidade de alimento e abrigo para aves e outros animais dependentes dos carnaubais e de outras plantas típicas, podendo afetar cascatas ecológicas e a propagação da própria carnaúba.

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    A carnaúba (Copernicia prunifera) é uma das plantas mais valorizadas da flora nordestina, base da produção da cera utilizada em indústrias globais — de farmacêuticos a cosméticos e eletrônicos. O Ceará lidera as exportações e produção, movimentando cerca de 16 mil toneladas de cera. Além disso, gera aproximadamente 90 mil empregos diretos no estado apenas durante a safra. Com números que sobem para mais de 96 mil quando se considera toda a cadeia produtiva.

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    Com a infestação das áreas de carnaúba, dezenas de milhares de pequenos produtores, extrativistas e trabalhadores rurais — muitos com baixo nível de escolaridade e residência em áreas de vulnerabilidade social — veem sua principal fonte de renda ameaçada. Municípios inteiros encontram-se sob risco econômico e social, agravado pela natureza precária e manual do combate à invasora. Que em geral feito por corte e queima, métodos pouco eficazes e perigosos ao ambiente.

    Controle e perspectivas

    A resistência da unha-do-diabo e seus impactos levaram pesquisadores a buscarem medidas biológicas de combate,. Como o uso do fungo Maravalia cryptostegiae, nativo de Madagascar e já testado com sucesso em outros países para conter a planta invasora. O monitoramento e a aplicação de métodos biológicos prometem ser mais sustentáveis, embora ainda esteja em fase experimental em municípios mais afetados do Ceará.

    A expansão da Cryptostegia madagascariensis compromete a sobrevivência da carnaúba — símbolo nordestino e eixo de sustentação econômica para milhares de famílias. O enfrentamento dessa invasora exige medidas urgentes de manejo e pesquisa científica para controle biológico eficiente. Além de políticas públicas de apoio ao extrativismo sustentável e à recomposição dos carnaubais. Proteger a carnaúba é defender a economia, a cultura e a biodiversidade do Nordeste brasileiro.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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