Resumo da notícia
- A pesca esportiva nos EUA movimenta mais de US$ 230 bilhões por ano, gerando 1,1 milhão de empregos diretos e superando o valor de mercado da Disney e a receita da Apple com iPhones.
- No Brasil, o setor movimenta cerca de R$ 17 bilhões e gera mais de 270 mil empregos diretos, destacando-se como uma potência global com grande diversidade de locais para a prática do esporte.
- A atividade econômica da pesca esportiva nos EUA supera o PIB de países como Hungria, Catar e Ucrânia, posicionando o setor como uma economia nacional independente.
- Apesar de 6 milhões de praticantes no Brasil, apenas 500 mil possuem licenças regulamentadas, indicando um vasto potencial de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor.
Resumo gerado pela redação.
A pesca esportiva transcende o conceito de simples passatempo recreativo. Ela representa uma força econômica colossal que movimenta cifras impressionantes globalmente, rivalizando com grandes corporações e até mesmo com o Produto Interno Bruto de nações inteiras.
Segundo o mais recente relatório da American Sportfishing Association (ASA), a pesca esportiva contribui com mais de US$ 230,5 bilhões para a economia americana anualmente e sustenta 1,1 milhão de empregos em todo o país. Esses números colocam o setor em uma posição privilegiada no cenário econômico mundial.

Para compreender a magnitude desse impacto econômico, algumas comparações ilustram perfeitamente a relevância do setor:
- Superioridade corporativa: o valor movimentado pela pesca esportiva americana supera o valor de mercado da Disney (US$ 219 a 224 bilhões), demonstrando que a conexão entre natureza e economia pode ser mais poderosa que o entretenimento tradicional.
- Rivalidade tecnológica: os números também ultrapassam a receita da Apple com vendas de iPhones (US$ 201,2 bilhões em 2024), evidenciando que a pesca esportiva compete diretamente com gigantes tecnológicos.
- Supremacia no entretenimento: a atividade movimenta mais recursos que toda a indústria televisiva americana (US$ 225,6 bilhões) e quatro vezes mais que a soma das principais ligas esportivas dos EUA — NBA, NFL, MLB e NHL (US$ 52,6 bilhões).
- Comparação internacional: o valor supera o PIB de países como Hungria, Catar, Ucrânia, Uruguai e Paraguai, posicionando a pesca esportiva americana como uma “economia nacional” independente.
Brasil: potência mundial em ascensão
O Brasil não fica atrás nessa corrida econômica. A pesca esportiva brasileira atinge números impressionantes, movimentando mais de R$ 17 bilhões e gerando mais de 270 mil empregos diretos. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a atividade movimenta aproximadamente 2 bilhões de dólares por ano e gera cerca de 200 mil empregos no Brasil.
Com 8.500 quilômetros de litoral e 35.000 quilômetros de vias navegáveis internas, o Brasil oferece opções de Norte a Sul para a prática do esporte, consolidando-se como destino preferencial mundial para a modalidade pesque e solte.

Destaque regional: No Amazonas especificamente, a pesca esportiva movimenta cerca de R$ 500 milhões em receita direta e indireta, com destinos como o Pantanal, o rio Araguaia e o Vale da Serra da Mesa entre os mais reconhecidos.
Crescimento sustentado e potencial inexplorado
O Brasil possui cerca de 6 milhões de praticantes da pesca esportiva, sendo apenas 500 mil regulamentados com licenças. Essa disparidade revela um potencial gigantesco ainda inexplorado no mercado brasileiro.
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Dados históricos mostram a trajetória ascendente do setor. Em 2013, o mercado movimentava cerca de R$ 1 bilhão e crescia aproximadamente 30% nos últimos anos. Em uma década, o número de praticantes quase dobrou, passando de 4 milhões para 7,8 milhões.
Diferencial competitivo único
A pesca esportiva apresenta características únicas no cenário econômico mundial. Diferentemente de outros segmentos bilionários, ela opera sem estádios, bilheteria ou mensalidades. A atividade acontece em rios, lagos e mares, conectando diretamente natureza, lazer e economia de forma sustentável.
Esse modelo econômico inovador transforma recursos naturais em motores de desenvolvimento econômico, gerando empregos em comunidades ribeirinhas, impulsionando o turismo regional e promovendo a conservação ambiental através da prática do pesque e solte.
O turismo de pesca esportiva movimenta globalmente cerca de US$ 200 bilhões, indicando que os números tendem a crescer exponencialmente quando consideramos todos os países praticantes.
Força feminina
E não são só os homens. Cada vez mais mulheres deixam de ser meras acompanhantes para assumir o protagonismo na atividade, controlando a isca, o anzol e até o motor das embarcações com a mesma habilidade e paixão que os homens.

Esse crescimento do público feminino na pesca esportiva reflete uma mudança cultural importante. Mulheres que antes acompanhavam familiares ou amigos sem grande interesse começaram a se envolver ativamente, tornando-se pescadoras dedicadas e entusiastas do esporte. Hoje, elas não apenas participam, mas também lideram expedições, competições e comunidades especializadas. E se divertem muito.
O impacto desse fenômeno pode ser visto em redes sociais e comunidades online. Por exemplo, a conta @girlsfishing.oficial já reúne mais de 100 mil pescadoras, número que cresce constantemente, mostrando a força e o engajamento das mulheres nesse segmento. Essas plataformas promovem troca de experiências, dicas técnicas, e fortalecem a representatividade feminina na pesca esportiva.
Só vantagens
Além do aspecto esportivo, a pescaria oferece benefícios como contato com a natureza, relaxamento, desenvolvimento de habilidades técnicas e fortalecimento de laços sociais. Para muitas mulheres, o esporte também representa uma forma de empoderamento, autonomia e quebra de estereótipos de gênero.
O Brasil, reconhecido mundialmente como o melhor destino para pesca esportiva, possui condições privilegiadas para expandir ainda mais sua participação nesse mercado bilionário. A combinação de biodiversidade aquática única, extensão territorial continental e crescente consciência ambiental cria o cenário perfeito para consolidar a liderança brasileira no setor.
A pesca esportiva continua provando que é muito mais que lazer. É um verdadeiro motor econômico sustentável que conecta conservação ambiental, desenvolvimento regional e geração de renda. Estabelecendo-se como força econômica permanente no cenário mundial.
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