Modalidade tem crescimento de 653% e fortalece proteção contra crises climáticas e comerciais, afirma especialista
Foto: Rodarte/Agro em Campo

O Seguro Pecuário registrou um crescimento extraordinário de 653,5% em 2024, tornando-se uma ferramenta fundamental para a segurança alimentar e econômica do Brasil. Daniel Nascimento, vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, classifica o produto como “aliado indispensável para o produtor rural moderno”.

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Nascimento destacou que o seguro protege o rebanho, sustenta a renda em momentos críticos e fortalece a confiança nos negócios agropecuários. “Ainda é necessário ampliar o conhecimento sobre o produto no campo e avançar em políticas públicas que estimulem sua adoção”, afirmou.

O Brasil possui um rebanho de quase 1,9 bilhão de animais de abate, número que representa cerca de nove vezes a população humana do país. O especialista da FenSeg ressaltou que, com a pecuária cada vez mais intensificada e tecnológica, a gestão de risco é a palavra-chave e deve fazer parte da rotina do produtor.

Os números do primeiro trimestre de 2025 mostram recuperação no setor, com crescimento de 3,8% no abate de bovinos, 1,4% em suínos e 2,3% em frangos. Nascimento atribui parte desse resultado à maior confiança dos produtores no planejamento de médio e longo prazo.

Crescimento impressionante mesmo com parcela pequena do mercado

Dados da CNseg revelam que o seguro pecuário saltou de R$ 46,9 milhões em 2021 para R$ 170,3 milhões em 2024. Apesar do crescimento impressionante, o representante da FenSeg reconhece que a modalidade ainda representa uma parcela pequena do mercado.

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As coberturas incluem morte por doenças, acidentes, eventos climáticos e até variação negativa do preço do animal. Nascimento enfatizou que o seguro fortalece a economia do setor e garante mais acesso ao crédito rural.

O contexto internacional recente, com os EUA impondo tarifa de 50% sobre a carne brasileira, reforça a importância do seguro pecuário como mecanismo de proteção. Para o especialista, o Brasil já é potência na produção de proteína animal e pode se tornar referência em estabilidade e gestão de risco.

Nascimento concluiu com uma mensagem clara: “Com mais seguro, podemos ser também referência em estabilidade e gestão de risco na pecuária”. A ferramenta surge como mitigador de risco essencial para apoiar o pecuarista a se manter na atividade.