Foto: divulgação - CNA/ Wenderson Araujo

O governo dos Estados Unidos retirou a tarifa de 10% sobre a celulose brasileira exportada ao país desde abril. A medida, segundo analistas, pressionava produtores americanos que dependem da matéria-prima para fabricar papéis “tissue”, como papel higiênico e lenços umedecidos.

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A fibra já havia escapado da alíquota adicional de 40%. Na sexta-feira (5), o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva sobre política tarifária. A Casa Branca publicou o novo documento na segunda-feira (8), redefinindo parâmetros para negociações comerciais.

Detalhes da isenção

O Anexo II da ordem atualizou a lista de produtos isentos da tarifa de 10%. O texto incluiu três descrições de celulose no SH4 4703: 4703.11.00, 4703.21.00 e 4703.29.00. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), essas categorias representam mais de 90% do volume exportado em 2024. O total enviado foi de 3 milhões de toneladas.

O novo decreto não alterou tarifas adicionais sobre papéis em geral e painéis de madeira, como MDF e MDP. Esses produtos seguem com alíquotas de 50% (10% + 40%) e 40%, respectivamente.

O anúncio das tarifas em abril movimentou o mercado global de celulose. Os preços perderam fôlego e clientes adiantaram pedidos para reduzir custos. Entre janeiro e junho, as exportações brasileiras para os EUA caíram 15,2% em valor e 8,5% em volume, segundo a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Apenas em maio, a queda em valor chegou a 35%.

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