O mercado brasileiro de picapes médias sempre foi território de gigantes. Em agosto de 2025, a Toyota Hilux mais uma vez reinou soberana, com 3.570 unidades emplacadas, seguida pela Ford Ranger (2.628) e pela Chevrolet S10 (2.340). Até aí, nenhuma novidade: as líderes seguem firmes no pódio. Mas atenção; a pouco conhecida Foton Tunland surpreendeu e afogou ainda mais a BYD Shark no fundo do poço.

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Ranking das picapes médias mais vendidas em agosto/25

1º – Toyota Hilux: 3.570
2º – Ford Ranger: 2.628
3º – Chevrolet S10: 2.340
4º – Mitsubishi Triton: 1.008
5º – Fiat Titano: 311
6º – Mitsubishi L200: 283
7º – Nissan Frontier: 220
8º – GWM Poer: 99
9º – Foton Tunland: 86
10º – BYD Shark: 66
11º – JAC Hunter: 31
12º – VW Amarok: 2

A surpresa chinesa

Foto: Divulgação – Foton

A Tunland, que poucos motoristas reconheceriam no estacionamento do supermercado, conseguiu um desempenho superior ao da Shark, lançada sob uma chuva de holofotes e promessas de “revolução” no segmento. No entanto, na prática, a picape da BYD parece ter mordido a isca do marketing sem fisgar o consumidor. Enquanto isso, a Foton, quase em silêncio, nadou contra a maré e saiu com vantagem.

A decadência da Amarok

E se a disputa já soa embaraçosa para a Shark, a situação é ainda mais dramática para a Volkswagen Amarok. A veterana alemã, que um dia ostentou prestígio e pavão de concessionária, agora amarga uma sobrevida melancólica: em agosto, vendeu míseras duas unidades em todo o Brasil. Duas. É como se a picape tivesse se transformado em peça de museu sobre rodas, resistindo apenas ao esquecimento total.

O topo segue inabalável

Enquanto no subsolo do ranking se desenha esse enredo quase tragicômico, lá em cima a história continua previsível. A Hilux segue como sinônimo de confiança, a Ranger reforça sua popularidade e a S10 ainda mantém fôlego. A Mitsubishi Triton (1.008) e a Fiat Titano (311) completam o bloco intermediário.

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O simbolismo do ranking

Mais do que números, o levantamento de agosto revela que o mercado brasileiro de picapes médias é, de fato, impiedoso. Assim, a Tunland, mesmo tímida, acabou dando uma lição ao mostrar que, no fim das contas, barulho nem sempre se traduz em vendas. Enquanto isso, a Shark, com todo o brilho, ficou para trás e expôs a distância entre expectativa e realidade. Por outro lado, a Amarok, quase em silêncio, reforça um prenúncio incômodo: o tempo de algumas lendas pode, enfim, estar chegando ao fim.