Inflação de 2,9% em agosto reflete impacto das políticas tarifárias sobre o setor alimentício e agronegócio
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As tarifas aplicadas pelo governo Trump desde abril de 2025 têm elevado os preços de produtos alimentícios e do agronegócio nos Estados Unidos, pressionando o orçamento das famílias americanas. A inflação anual chegou a 2,9% em agosto, acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, também avançou, atingindo 3,1%.

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Produtos agrícolas e alimentícios diretamente afetados pelas tarifas registraram aumentos expressivos. O preço do café subiu 9,8% desde abril, refletindo o impacto das taxas sobre os grãos importados. As bananas tiveram alta de 4,9%, interrompendo décadas de estabilidade nos preços desse item básico da cesta alimentar americana. Outros alimentos, como frutos do mar e produtos processados que dependem de matérias-primas importadas, também sofreram elevação de custos.

Tarifas de até 30% sobre itens importados, como máquinas agrícolas e ingredientes essenciais para a indústria de alimentos, complicam ainda mais o cenário. Analistas estimam que os consumidores americanos devem gastar em média US$ 2.300 a mais em 2025 devido a esses aumentos, afetando diretamente o consumo alimentar e as cadeias produtivas ligadas ao agronegócio.

Além do impacto no preço final ao consumidor, as tarifas têm influenciado negativamente a cadeia de suprimentos. Aumentando os custos de produção e reduzindo as margens de lucro de produtores e indústrias do setor alimentício. A confiança dos consumidores e dos agentes econômicos mostra sinais de desgaste. Especialistas alertam que essa pressão inflacionária pode afetar o abastecimento e a competitividade de produtos agrícolas americanos no mercado global.

A elevação dos preços alimentícios sinaliza como mudanças políticas e tarifárias podem rapidamente se traduzir em consequências palpáveis para a economia doméstica, especialmente para um setor tão estratégico como o agronegócio.

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