Tecnologia e diversificação de fornecedores tornam-se essenciais para a segurança alimentar

O Brasil enfrenta desafios e oportunidades estratégicas devido à forte dependência de fertilizantes importados, principal insumo da agricultura nacional. Apesar de liderar a produção mundial de soja e destacar-se em outras culturas como milho e arroz, o país importa grande parte do potássio e uma parcela significativa dos fertilizantes fosfatados e nitrogenados.

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Em 2025, as importações bateram recorde devido às instabilidades globais, com restrições de exportação impostas por países como China e Rússia.

Essa dependência aumenta a vulnerabilidade do Brasil a variações de preços, câmbio e crises geopolíticas, como os conflitos no Oriente Médio. Por outro lado, cria oportunidades para fortalecer a indústria nacional e investir em tecnologia para reduzir a exposição externa.

Em 2025, a produção de soja está projetada em 170,3 milhões de toneladas, com 109,5 milhões destinadas à exportação, um aumento de 10,8% em relação a 2024. A China continua como principal mercado, absorvendo cerca de 70% desse volume.

Autonomia na produção

Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, destaca que o Brasil avança rumo à autonomia na produção de fertilizantes. “A expansão da indústria local e o avanço em pesquisas tecnológicas são fundamentais para garantir o abastecimento competitivo do agronegócio”, afirma. Ele enfatiza que o uso inteligente de fertilizantes de alta performance, aliado a práticas sustentáveis, é essencial para transformar o potencial produtivo em resultados concretos no campo.

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A situação mostra que a dependência de fertilizantes não é apenas um desafio agrícola, mas estratégico e geopolítico. O Brasil busca diversificar fontes de importação e fortalecer acordos bilaterais com grandes fornecedores. Portanto, essas estratégias reforçam a importância dos fertilizantes para a segurança alimentar, a competitividade agrícola e a inserção internacional do país.