Cientista da Embrapa revoluciona agricultura sustentável com tecnologias que reduzem uso de fertilizantes químicos
Foto: MAPA

A pesquisadora Mariangela Hungria, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conquistou o Prêmio Mundial da Alimentação 2025 (World Food Prize) durante o Diálogo Internacional Norman E. Borlaug, realizado nesta semana em Des Moines, Iowa, Estados Unidos. A cientista brasileira torna-se a primeira mulher do país e a décima do mundo a receber a distinção conhecida como o “Nobel da Agricultura”.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Foto: MAPA

O prêmio reconhece mais de 40 anos de trabalho da pesquisadora no desenvolvimento de insumos biológicos que aumentam a produtividade agrícola e diminuem a dependência de fertilizantes químicos. As descobertas de Hungria transformam a agricultura tropical e colocam a ciência brasileira em posição de destaque no cenário internacional.

A Fundação World Food Prize organizou o evento, considerado um dos mais importantes fóruns globais sobre segurança alimentar e inovação agrícola. Representantes de 41 países participaram da cerimônia, incluindo líderes governamentais, cientistas, agricultores, executivos de instituições financeiras e organizações internacionais.

Ministério da Agricultura celebra conquista brasileira

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) enviou ao evento o secretário-executivo adjunto Cleber Oliveira Soares, que enfatizou a importância da ciência e da inovação para fortalecer a agricultura sustentável.

“Mariangela representa o compromisso do Brasil com uma agricultura sustentável, baseada em ciência e inovação. Sua trajetória destaca o importante papel das instituições públicas de pesquisa e o investimento contínuo em tecnologias que unem produtividade, inclusão e preservação ambiental”, afirmou Soares.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Legado de Norman Borlaug inspira reconhecimento

Mashal Husain, presidente da Fundação World Food Prize, destacou que o trabalho da pesquisadora brasileira segue o legado de Norman Borlaug, fundador do prêmio e vencedor do Nobel da Paz de 1970.

Foto: MAPA

“Mariangela é exatamente o tipo de cientista que Dr. Borlaug buscava: alguém que transforma conhecimento em resultados práticos para o agricultor. Sua atuação reflete o espírito do prêmio e o compromisso global com a segurança alimentar”, declarou Husain.

Brasil lidera produção de alimentos de baixo carbono

A premiação reforça a posição do Brasil como referência mundial em pesquisa agropecuária, uso de tecnologias sustentáveis e produção de alimentos de baixo carbono. O país demonstra como instituições públicas de pesquisa contribuem para a segurança alimentar global através da inovação científica.

O World Food Prize existe desde 1986. E homenageia pessoas que contribuem significativamente para o combate à fome e para a promoção de sistemas alimentares sustentáveis. A premiação mantém vivo o legado da “Revolução Verde”. E inspira novas gerações de cientistas e gestores públicos a enfrentar os desafios da segurança alimentar mundial.