Brasil é destaque na importação de salmão chileno e aposta em expansão das trocas regionais para tilápia

A piscicultura brasileira ganha força com a ampliação dos laços comerciais entre Brasil e países da América Latina. O setor registra retomada rápida dos preços e aposta na integração regional para ampliar a competitividade e a presença do pescado brasileiro no mercado internacional.

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Preço da tilápia sobe, mas oferta freia alta. Confira o levantamento realizado pelos pesquisadores do Cepea.
Foto: Divulgação – Portal.Gov

Durante a Seafood, maior evento dedicado à comercialização de pescado na América Latina, o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, destacou a relevância de fortalecer as trocas comerciais dentro da região para superar as barreiras atuais. No painel “Novos tempos, novas rotas: os caminhos do pescado na América Latina”, realizado em 22 de outubro em São Paulo, Medeiros lembrou que a América Latina concentra importantes produtores, principalmente de salmão e tilápia.

Medeiros ressaltou que, apesar do Brasil ser o terceiro maior comprador de salmão chileno, ainda enfrenta dificuldades para exportar filé de tilápia ao Chile. “Precisamos construir parcerias sólidas com países latino-americanos que dependem de importação da China,” afirmou. Ele também destacou que o Chile levou tempo para inserir o salmão no mercado brasileiro e que esse exemplo mostra que a integração regional é possível e promissora.

O presidente da Peixe BR qualificou as barreiras tarifárias atuais como obstáculos políticos, mas enfatizou que a cadeia produtiva manteve a resiliência diante das dificuldades. Medeiros anunciou a recuperação dos preços da tilápia no mercado interno. Que após queda no primeiro semestre, reverteu a tendência em apenas 37 dias, com cinco semanas consecutivas de alta.

Para ele, o momento é de otimismo e consolidação: “As empresas entendem que a exportação é uma estratégia sustentável a médio e longo prazo. O setor se adapta e demonstra sua força, consolidando um cenário positivo para o pescado brasileiro.”

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