Resumo da notícia
- O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) alcançou recorde nas exportações de carne bovina congelada, com 736 mil toneladas entre janeiro e setembro de 2025, aumento de 49% em relação a 2024.
- A expansão do pátio refrigerado, concluída em 2024, elevou a capacidade para 5.268 tomadas, tornando a TCP o maior parque de armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul.
- A China é o principal destino da carne bovina exportada pelo TCP, absorvendo 59,2% do total, seguida por Estados Unidos, Rússia, México e Itália.
- No segmento de carne de frango, o TCP lidera com 1,724 milhão de toneladas embarcadas até setembro, representando 44% do mercado nacional e com forte demanda em Emirados Árabes, China e Japão.
O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) alcançou um novo recorde nas exportações de carne bovina congelada. Entre janeiro e setembro de 2025, a empresa embarcou 736 mil toneladas do produto. Uma alta de 49% em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume somou 493 mil toneladas.
O total embarcado nos nove primeiros meses deste ano já supera em 9% o resultado de todo o ano passado, que havia encerrado com 675 mil toneladas. De acordo com o gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP, Giovanni Guidolim, o terminal elevou sua participação de mercado de 23% para 30% em apenas um ano. “Esse avanço mostra a confiança do exportador na infraestrutura, no atendimento e na qualidade dos serviços da TCP. O que reforça seu papel como principal corredor de exportação de carnes do Brasil”, afirma.
A expansão do pátio de contêineres refrigerados, concluída em 2024, fortaleceu esse desempenho. O espaço passou de 3.624 para 5.268 tomadas, consolidando a TCP como o maior parque de armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul.
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A China segue como o principal destino da carne bovina embarcada em Paranaguá, absorvendo 59,2% do total exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (7,5%), Rússia (4,5%), México (4%) e Itália (2,7%).
Dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) indicam que, de janeiro a setembro de 2025, o Brasil exportou 2,44 milhões de toneladas de carne bovina. Um crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2024. A receita subiu 35,4%, alcançando US$ 12,4 bilhões, quase igualando o faturamento anual de 2024, de US$ 12,8 bilhões.
TCP também lidera exportações de carne de frango
As exportações de carne de frango congelada seguem como o carro-chefe da TCP. Até setembro, o terminal embarcou 1,724 milhão de toneladas, o maior volume entre todos os portos brasileiros e equivalente a 44% da fatia nacional de mercado.
Em agosto, a TCP registrou um dos melhores meses da sua história, com 228 mil toneladas exportadas. Segundo Guidolim, a retomada das importações em mercados estratégicos fortaleceu as perspectivas para o último trimestre de 2025. “Estamos prontos para atender os produtores com qualidade e excelência”, destaca.
Os principais importadores da carne de frango embarcada pelo terminal foram os Emirados Árabes Unidos (8,8%), China (8,2%), Japão (7,1%), África do Sul (7%) e México (6,5%).
Para a gerente comercial de armadores e inteligência de mercado da TCP, Carolina Brown, a demanda internacional continua aquecida. “A TCP possui o maior portfólio de linhas marítimas entre os terminais brasileiros, com 25 escalas semanais e 21 serviços marítimos, o que garante cobertura global e maior flexibilidade aos exportadores”, afirma.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil exportou 3,876 milhões de toneladas de carne de frango de janeiro a setembro de 2025, leve queda de 1% em comparação ao mesmo período de 2024. A receita, porém, atingiu US$ 7,166 bilhões.
Movimentação de contêineres refrigerados atinge recorde
De janeiro a setembro de 2025, a TCP registrou o melhor resultado de movimentação de contêineres da sua história, com 1.227.810 TEUs. Um aumento de 5% frente a 2024.
O segmento de cargas refrigeradas (reefer) manteve papel de destaque, com 106.275 contêineres movimentados, alta de 7% sobre o ano anterior. O desempenho reflete o bom ritmo das exportações de carnes e a chegada de novos clientes, principalmente do setor bovino.