Resumo da notícia
- Operação do Ibama no Acre desarticulou rede que usava redes sociais para caça e venda ilegal de animais silvestres, aplicando mais de R$ 430 mil em multas contra os envolvidos.
- Agentes monitoraram plataformas online, identificando vídeos de maus-tratos e abate, e, com apoio da Polícia Federal, cumpriram mandados em residências de influenciadores da caça ilegal.
- Provas coletadas mostraram uso de armadilhas, rifas e torneios clandestinos, além da instalação ilegal de equipamentos em unidades de conservação, agravando o impacto ambiental sobre espécies vulneráveis.
- Além das ações repressivas, o Ibama promoveu educação ambiental para conscientizar a comunidade local sobre os danos da caça e tráfico, reforçando a importância da conservação da biodiversidade amazônica.
Uma operação do Ibama no Acre desarticulou uma rede de crimes ambientais que usava redes sociais para promover a caça, a captura e a venda ilegal de animais silvestres. A ação, batizada de “Operação Feira Virtual”, resultou na aplicação de mais de R$ 430 mil em multas.

A força-tarefa partiu de um extenso trabalho de inteligência digital. Agentes do Ibama monitoraram grupos e perfis em plataformas online que divulgavam livremente vídeos de maus-tratos, abate e comercialização de espécies nativas da Amazônia. Esse monitoramento permitiu que os fiscais identificassem e localizassem os responsáveis.
Com apoio da Polícia Federal, as equipes cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados, muitos deles considerados “influenciadores” no meio da caça ilegal. Durante as diligências, os agentes coletaram provas materiais e digitais, incluindo imagens e vídeos que mostravam a morte de animais como paca, cateto, tatu, jacaré-açu e aves silvestres. As provas também confirmavam a promoção de rifas e torneios clandestinos de caça.
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Multas e impacto ambiental
O Ibama aplicou multas que somam R$ 430 mil. Os autos de infração citam crimes como morte e captura de animais sem autorização, maus-tratos, uso comercial de imagens de fauna em cativeiro e exploração de imagens em unidades de conservação sem permissão. Os fiscais também apreenderam uma “câmera trap” instalada irregularmente dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, equipamento usado para registrar imagens de animais de forma ilegal.
Os vídeos analisados revelaram o uso de armadilhas e técnicas de caça predatória, agravando o impacto negativo sobre populações de fauna já vulneráveis.
Além das medidas repressivas, o Ibama realizou ações de educação ambiental com a comunidade local. O objetivo foi alertar a população sobre os graves riscos e prejuízos ecológicos causados pela caça e pelo tráfico de animais silvestres. Reforçando a importância da conservação da biodiversidade amazônica.