Belo Horizonte já sente o cheiro doce da cana no ar. A cidade se apronta, quase como em festa de interior, para celebrar as melhores cachaças de alambique de Minas na próxima segunda-feira (17/11). E, no entanto, há algo diferente no ar. É aquela mistura curiosa: capital grande, alma rural. E tudo, inevitavelmente, se encontra ali, num salão iluminado, a partir das 18h.

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A premiação marca o 2º Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras. O evento cresceu. Cresceu mesmo. E, para ser sincero, cresceu rápido. Foram 247 bebidas inscritas — um salto de quase 14% em relação à edição de 2024. Além disso, muito produtor novo apareceu. Outros retornaram. E todos carregaram suas garrafas como quem leva um filho para ser avaliado por uma banca de gente séria. Porque, no fim das contas, é isso que a cachaça representa: trabalho, paciência e certo orgulho silencioso.

A mesa de jurados, formada por 24 especialistas, provou tudo. Sem pressa. Com método próprio, criado para o concurso. Cada cachaça com registro no Ministério da Agricultura, cada gole medido, cada aroma contado. Uma ciência que parece simples, mas não é. Mas nada é tão simples quando envolve tradição.

O concurso, puxado pelo Governo de Minas, tenta mostrar isso: que a cachaça é mais que bebida. Ou seja, é história, é diversidade. A Emater-MG lidera a organização, ao lado do IMA, da Epamig e de outras mãos que conhecem o chão mineiro melhor que qualquer mapa.

Disputa em 4 categorias

As categorias? Quatro, bem claras. Cachaça de Alambique. A Armazenada. A Envelhecida. E a Envelhecida Premium ou Extrapremium. Cada uma com seu charme. Seu tempo. Seu silêncio dentro do barril.

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Mas tem novidade também. Um diploma especial por polo produtivo — pra dar cara de território, não só de garrafa. E, além disso, surge o prêmio “Mulher Destaque da Cachaça Mineira”. Um reconhecimento que chega tarde, mas chega bonito. Logo depois, outro troféu entra em cena: o da melhor bebida da agricultura familiar. E, por fim, tudo isso costura uma ideia maior. História viva. Gente de verdade. Trabalho de sol e sereno. E, no entanto, com uma força que não aparece nas manchetes, mas aparece no copo.

E existe o sonho maior. Atingir nota acima de 95 pontos. Quem alcançar esse feito leva o Troféu Diamante. Raridade. Quase mito. Mas possível.

Serviço:
  • O quê: Premiação do 2º Concurso de Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras
  • Quando: Segunda-feira, 17 de novembro, a partir das 18h.
  • Onde: Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), na região Centro-Sul da capital.