Onça-parda Nazaré vira símbolo da recuperação da fauna atingida pelo fogo no Piauí
Foto: Ascom Semarh

O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantido pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), atua na recuperação de espécies afetadas pelas queimadas e pelo tráfico de fauna. Localizado em Teresina, o espaço abriga atualmente cerca de 200 animais silvestres em diferentes estágios de reabilitação.

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Gato-palheiro. Foto: Ascom Semarh

Entre os pacientes em tratamento intensivo estão um filhote de gato-mourisco, um gato-palheiro, dois jabutis e uma jovem onça-parda batizada de Nazaré, que se tornou símbolo de sobrevivência após os incêndios registrados neste ano. Resgatada com sinais de desnutrição e exaustão, a onça é acompanhada diariamente por uma equipe técnica multidisciplinar.

“Quando Nazaré chegou, pesava bem menos do que o ideal. Hoje já conseguimos ver nela o brilho de quem está se recuperando. É um trabalho diário que exige técnica, paciência e muito afeto”, explica a gerente de Fauna e Proteção Animal da Semarh, Danielle Melo.

O centro funciona como um hospital e núcleo de readaptação, com estrutura voltada ao resgate, triagem e tratamento clínico. Veterinários e biólogos trabalham para devolver à natureza animais que perderam o rumo após o fogo ou sofreram maus-tratos. Segundo Danielle, cada caso é um alerta sobre a importância de prevenir incêndios florestais.

O trabalho do Cetas é, ao mesmo tempo, técnico e humano. A estrutura do centro, em Teresina, é especializada em triagem, tratamento e reabilitação de animais silvestres. Gato-mourisco. Foto: Ascom Semarh

“Nem sempre conseguimos reintroduzir todos os animais, mas cada vida salva reforça a urgência de combater as causas dos incêndios e não apenas as chamas”, destaca.

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Trabalho contínuo

Além das ações técnicas, o Cetas mantém um trabalho contínuo de educação ambiental e conscientização sobre o tráfico de animais silvestres no estado. “O que fazemos aqui é devolver dignidade. Esses animais não escolheram estar no fogo, mas podemos escolher cuidar deles com responsabilidade”, completa a gestora.

Atualmente, quase 200 animais estão no local passando por algum tipo de reabilitação para retornar à natureza. Foto: Ascom Semarh