Resumo da notícia
- O Pavilhão AgroBrasil na COP 30 destacou a importância da cafeicultura brasileira, reunindo produtores e líderes para debater sustentabilidade, inovação e o papel do café no cenário global.
- A cafeicultura brasileira é referência mundial, unindo tradição, profissionalismo e sustentabilidade, com foco em tecnologia e capacitação para garantir o futuro do setor.
- Programas de sustentabilidade e rastreabilidade reforçam a confiança do consumidor, mostrando compromisso com práticas ambientais e sociais do campo à xícara.
- A indústria do café enfatiza a importância da agricultura regenerativa, apoio político e tecnologias limpas para fortalecer a cadeia produtiva e afirmar o café brasileiro globalmente.
O aroma de café tomou conta da COP 30. Na sexta-feira (14), o Pavilhão AgroBrasil, do Sistema CNA/Senar, abriu espaço para o café nacional brilhar. A Solenidade da Cultura Cafeeira reuniu quem faz o setor pulsar, de produtores a líderes de grandes instituições.
Ademar Pereira, vice-presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, puxou o tom do encontro. Contou a história da cafeicultura brasileira, que virou referência mundial. “Ter esse espaço de debate mostra o valor de um setor que evoluiu, se profissionalizou e hoje une sustentabilidade e produtividade”, afirmou.
A conversa seguiu quente. Vinicius Estrela, diretor da BSCA, lembrou que o sucesso dos cafés especiais veio da união. Silas Brasileiro, do CNC, alertou: o mundo muda com o clima e o café precisa se adaptar. Já Marcos Matos, da Cecafé, foi direto; sustentabilidade exige ação coletiva, crédito e apoio político.
- Ibama apreende 2,6 toneladas de peixe ilegal em Viracopos
- “Piorou para o Brasil”, afirmam exportadores de café
A indústria também falou. Celírio Inácio (Abic) defendeu o compromisso com tecnologias limpas e qualidade total. Aguinaldo Lima (Abics) ressaltou a força da cadeia e o potencial da agricultura regenerativa. Vanúsia Nogueira, diretora da OIC, levou o discurso além: “O café brasileiro precisa se afirmar no cenário global”. Andrea Illy, da Illycaffè, completou: regenerar o solo é regenerar o futuro do café.
Painel 1 — Tradição e inovação lado a lado
No painel “Tecnologia que transforma – Raízes que preservam”, histórias de vida se misturaram a ciência e modernidade.
Carmen Lúcia Chaves Brito, da BSCA, falou de suas raízes em Minas: 17 anos à frente da gestão familiar. Isabela Pessoa, da Coopric (BA), defendeu capacitação e sucessão rural como pilares do futuro.
Do Norte, Deigson Bento contou a própria jornada; largou a cidade para continuar o legado dos avós no cultivo de robustas amazônicos. Cada fala reforçava a mesma ideia: o café é mais que negócio, é herança viva.
Ademar Pereira voltou ao palco com uma certeza: o setor virou a chave. Sustentabilidade econômica, gente no campo e aprendizado com o Senar sustentam o novo momento da cafeicultura.
Painel 2 — Confiança do campo à xícara
À tarde, o painel “Confiança do campo à xícara” mostrou que sustentabilidade tem provas, não promessas. Marcos Matos (Cecafé) detalhou programas de clima, carbono e boas práticas, lembrando a necessidade de comunicar o que o Brasil preserva.
Vinícius Estrela reforçou o papel dos cafés especiais em certificação e ESG. “A rastreabilidade virou marca registrada do nosso café”, disse. Silas Brasileiro apresentou o programa “Produtores de Água”, que recupera nascentes e valoriza o manejo hídrico.
Fechando, Celírio Inácio falou de certificação e pureza no café torrado. E Aguinaldo Lima completou sobre a agenda sustentável no café solúvel. Tudo conectado. Do produtor ao consumidor. Da roça à xícara.