Órgão suspende também pó para bebida vegetal e picolé com creatina por irregularidades que colocam consumidores em risco

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira (26/11) o recolhimento imediato de três produtos alimentícios do mercado brasileiro. As medidas incluem a suspensão da comercialização de vinagre de maçã com substância não declarada no rótulo, pó para preparo de bebida com ingrediente proibido e picolé contendo creatina.

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O Vinagre de Maçã da marca Castelo, fabricado pela Castelo Alimentos S/A, teve sua comercialização, distribuição e consumo proibidos após laudo do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Distrito Federal comprovar irregularidades.

A análise fiscal definitiva reprovou o produto no ensaio quantitativo de dióxido de enxofre. Segundo o laudo, o vinagre apresenta quantidade da substância que não consta nas informações do rótulo, violando normas de rotulagem e segurança alimentar.

A presença não declarada de dióxido de enxofre representa risco à saúde pública, especialmente para consumidores sensíveis ao composto químico, que podem desenvolver reações alérgicas graves ao consumir o produto sem conhecimento prévio da substância.

Pó para bebida vegetal contém proteína não autorizada

O “Pó para preparo de bebida vegetal” das marcas Livestrong e Essential Nutrition, produzido pela INP Indústria de Alimentos Ltda., também foi alvo de fiscalização. A Anvisa suspendeu toda a cadeia do produto, incluindo comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e consumo.

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A irregularidade identificada pela agência reguladora está na composição do produto, que contém proteína de fava hidrolisada. Este ingrediente ainda não passou por avaliação de segurança para uso em alimentos no Brasil, o que torna sua utilização não autorizada pela legislação sanitária vigente.

Picolé com creatina é retirado do mercado

A empresa J M J Re Torres Indústria de Alimentos Ltda. teve seu Picolé de Açaí, Guaraná e Canela Naturalle Ice suspenso pela Anvisa. A determinação abrange todos os estágios da cadeia: comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e consumo.

A presença de creatina na formulação do picolé motivou a ação fiscalizatória. Atualmente, a creatina não possui aprovação para uso em alimentos pela Anvisa, sendo autorizada exclusivamente em suplementos alimentares destinados ao público adulto.

A agência reguladora reforça que a utilização de ingredientes sem avaliação prévia de segurança coloca em risco a saúde dos consumidores e viola as normas sanitárias brasileiras.

Orientações aos consumidores

A Anvisa orienta que consumidores que possuam os produtos mencionados não os consumam e entrem em contato com os fabricantes ou estabelecimentos comerciais onde realizaram a compra para solicitar informações sobre a devolução e reembolso.

As empresas responsáveis devem proceder imediatamente com o recolhimento dos lotes irregulares e informar seus canais de distribuição sobre a suspensão determinada pela autoridade sanitária.