Resumo da notícia
- O Ministério do Meio Ambiente suspendeu a elaboração da lista nacional de espécies exóticas invasoras para ampliar o diálogo com setores afetados, como a piscicultura.
- A possível inclusão da tilápia na lista gerou preocupação no setor produtivo, que teme impactos econômicos negativos no cultivo da espécie.
- A lista terá caráter técnico e preventivo, visando identificar rapidamente invasões biológicas sem proibir o uso ou cultivo das espécies envolvidas.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima suspendeu temporariamente a elaboração da lista nacional de espécies exóticas invasoras. A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) anunciou a decisão e reforçou que o grupo é presidido pela Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais.
Tilápia
A possível inclusão da tilápia na lista gerou reação imediata do setor produtivo, que teme impactos no cultivo da espécie. O setor afirma que a medida poderia afetar diretamente a atividade econômica ligada à piscicultura.
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Mais diálogo
O ministério decidiu paralisar o processo para ampliar o diálogo com setores que utilizam espécies que podem entrar na lista. A pasta quer coletar novas contribuições para orientar políticas de prevenção e regras de controle contra possíveis escapes dessas espécies para o ambiente natural, mantendo atenção às atividades produtivas.
O trabalho retornará após a análise das sugestões enviadas pelos segmentos envolvidos. A Conabio, responsável pela decisão final, reúne 12 ministérios, autarquias, representantes da agricultura e da indústria, além de órgãos ambientais estaduais e municipais, universidades, institutos de pesquisa, agricultores familiares, pescadores artesanais, povos indígenas e comunidades tradicionais.
O governo reforça que a lista tem caráter técnico e preventivo. O comunicado destaca que identificar espécies exóticas invasoras não significa proibir seu uso ou cultivo. A medida busca detectar rapidamente possíveis invasões biológicas e reduzir riscos à biodiversidade nativa.