O avanço nas pragas e as mudanças climáticas são os principais motivos para a queda da produção de tomates no Brasil, fazendo com que a produtividade das lavouras retornem aos números de dois anos atrás.
Segundo a Tomate BR, associação que reúne processadores e utilizadores de tomate industrializado no país, a safra deste ano deve ser similar a de 2022. Um dos motivos é o excesso de chuva no começo do ano, época do transplante das mudas, além da praga da Mosca Branca (Bemisia Tabaci), que migrou para as regiões produtoras.
Ainda de acordo com a associação, a área plantada esse ano é de aproximadamente 19 mil hectares, com estimativa de produção de um milhão e setecentas mil toneladas, mantendo o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.
Nos próximos anos a tendência é de aumento da produção, mas isso depende de cuidados especiais com a irrigação e também com a nutrição adequada. Um fator que pode prejudicar é a temperatura, que tem variado muito nos últimos anos e afetado na só a colheita do tomate, como a agricultura de forma geral.
Com uma produção menor, o preço vai pesar no bolso do consumidor, que já tem acompanhado uma crescente no valor do produto no mercado. A alta chega a quase 10% em São Paulo, por exemplo, apenas no mês de maio.