O brasileiro vai pagar mais caro no suco de laranja. A fruta destinada à moagem alcançou R$ 85,00/caixa de 40,8 kg no spot do estado de São Paulo e está em alta desde março de 2024. Além disso, o valor atingido é um novo recorde real desde 1994, segundo dados da Cepea.
A demanda aumentou, enquanto a oferta diminuiu, levando a um impulso nos valores. A indústria necessita adquirir a matéria-prima, pois os estoques de suco de laranja estão muito baixos.
Além disso, a produção da fruta na safra 2024/25 é prevista ser novamente baixa em São Paulo e no Triângulo Mineiro, reforçando a escassez.
Entenda a queda na safra
A oferta de laranja deve seguir restrita na próxima safra. A primeira estimativa para a safra 2024/2025 do Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro, divulgada pela Fundecitrus, aponta uma produção de 232,38 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg.
Isso representa uma queda de 24,36% em comparação à safra anterior, marcando a menor produção desde o início da série histórica em 2010/2011. Isso significa que a redução em relação à média das últimas dez safras é de 24,53%.
Impacto do clima
As principais causas da redução na produção são as condições climáticas adversas, incluindo altas temperaturas e prolongados períodos de seca. Além disso, a incidência do greening, uma doença que afeta os citros.
O relatório do Fundecitrus destaca que essas condições climáticas desfavoráveis impactaram a produção das laranjeiras. Dessa forma, a redução é significativa. Considerando quantidade de frutos por árvore, a produção passou de 631 para 453 frutos.
A taxa de queda dos frutos foi relatada em 18,54%, enquanto o número efetivo de frutos por árvore após a queda ficou em 241.
A produtividade dos pomares de laranja também registrou redução, passando de 911 caixas por hectare na safra passada para uma previsão de 691 caixas por hectare na safra 2024/2025, uma redução de 24%. O próximo relatório de reestimativa do Fundecitrus está agendado para ser divulgado em 10 de setembro