Com o preço do azeite de oliva em alta constante, muitos consumidores brasileiros estão buscando alternativas mais acessíveis, como o óleo de amendoim. Extraído da planta Arachis hypogaea, nativa da América do Sul, o óleo de amendoim tem ganhado popularidade em bares, estádios e restaurantes por todo o país.
O Brasil produz anualmente 747 mil toneladas de amendoim, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Cerca de 90% dessa produção vem do estado de São Paulo, com destaque para as cidades de Tupã, Marília e Jaboticabal. Dessa produção, 87 mil toneladas de óleo são extraídas e 60% desse total é exportado, com a China como principal compradora.
Relação Comercial com a China
De acordo com o professor Simão Davi Silber, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, a forte relação comercial entre Brasil e China se deve a fatores históricos e econômicos. O Brasil, com vasta produção agrícola, encontra na China um mercado ávido por importações devido às suas limitações geográficas e recursos naturais. A declaração foi dada para o Jornal da Usp.
Benefícios Nutricionais do Óleo de Amendoim
Além de ser uma opção mais econômica, o óleo de amendoim oferece benefícios nutricionais significativos. Segundo a nutricionista Juliana Gimenez Casagrande, o amendoim é rico em vitamina E e antioxidantes como o resveratrol, que ajudam na manutenção da saúde física e mental. Ele também contém gorduras poli-insaturadas, especialmente o Ômega 6, que traz benefícios para o sistema imunológico e cardiovascular.
O óleo de amendoim é ideal para frituras devido ao seu alto ponto de fumaça, superior ao do azeite de oliva. Isso permite cozinhar por mais tempo sem gerar toxinas. No entanto, é importante consumir com moderação, já que o amendoim é calórico.
Azeite tem preço elevado em todo o mundo.
O preço do azeite de oliva tem subido globalmente devido a uma série de fatores interligados. Abaixo, exploramos os principais motivos por trás dessa alta.
- 1. Condições Climáticas Adversas – As principais regiões produtoras de azeite, como a Espanha, Grécia e Itália, têm enfrentado condições climáticas extremas. Secas prolongadas e ondas de calor severas reduziram significativamente a produção de azeitonas. A Espanha, maior produtora mundial, sofreu uma queda de mais de 50% na sua produção devido à seca.
- 2. Aumento dos Custos de Produção – Os custos de produção agrícola aumentaram globalmente. Preços de fertilizantes, pesticidas e energia subiram devido à inflação e à instabilidade nos mercados de commodities. Isso impacta diretamente o custo de produção do azeite.
- 3. Demanda Global em Crescimento – A demanda por azeite de oliva está em alta, impulsionada por seu reconhecimento como um produto saudável e a inclusão em dietas populares, como a mediterrânea. O aumento da demanda, combinado com a oferta reduzida, pressiona os preços para cima.
- 4. Problemas Logísticos – A pandemia de COVID-19 e os recentes conflitos geopolíticos causaram disrupções nas cadeias de suprimento global. Problemas logísticos, como escassez de contêineres e aumento dos custos de transporte, contribuíram para o aumento do preço final do azeite.
- 5. Pragas e Doenças – A produção de azeitonas também enfrenta desafios devido a pragas e doenças, como a Xylella fastidiosa, uma bactéria que devastou oliveiras em regiões da Itália e Espanha. O combate a essas pragas aumenta os custos de produção e reduz a oferta.
Perspectivas Futuras
Enquanto os produtores trabalham para mitigar os efeitos dessas adversidades, espera-se que os preços do azeite continuem elevados no curto prazo. Investimentos em tecnologia agrícola e novas práticas de cultivo são essenciais para estabilizar a produção e atender à crescente demanda global.
1 comentário
Você pode comprar essência de azeite e colocar num litro de óleo de soja também. Ou comprar aquele óleos compostos. Mas verifica se é o litro de 900 ml, ou o meio litro de 400ml.