Os preços da mandioca subiram novamente em setembro, registrando o quarto mês consecutivo de alta. A média nominal da tonelada posta fecularia foi de R$ 574,23, o equivalente a R$ 0,9987 por grama de amido. Esse valor representa um aumento de 11,5% em relação a agosto de 2024, alcançando o maior patamar do ano, segundo o Cepea.
Preço da mandioca em setembro
A elevação dos preços é consequência da baixa oferta de mandioca. Pesquisadores do Cepea explicam que muitas lavouras foram podadas, o que retardou a colheita para o segundo ciclo. Além disso, produtores estão retraídos, alegando que, apesar dos preços atuais, a rentabilidade diminuiu devido à baixa produtividade e ao menor teor de amido.
Outra parte dos agricultores segue priorizando o plantio, o que também reduz a oferta. Por outro lado, a demanda pela mandioca continua firme. Empresas, principalmente do Paraná, têm buscado a matéria-prima em regiões mais distantes, o que pressiona ainda mais os preços.
Vassoura-de-bruxa da mandioca
A Embrapa e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França, firmaram uma parceria para combater a vassoura-de-bruxa da mandioca. As instituições assinaram uma Carta de Intenções que oficializou a colaboração.
O fungo, identificado recentemente, causou grandes prejuízos à produção de mandioca no Amapá, impactando diretamente os sistemas alimentares de comunidades indígenas em Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa. Portanto, para enfrentar a praga de forma coordenada, o documento assinado por Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá, e Margaux Llamas, pesquisadora do Cirad, destaca a importância de compreender os fatores que favorecem sua prevalência e os métodos que podem limitar seus danos.
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