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Crise hídrica ameaça a produção de alimentos no Brasil

Henrique RodartePor Henrique Rodarte19/10/2024
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A crise hídrica que afeta boa parte do Brasil tem trazido sérias preocupações para a produção de alimentos no país, especialmente em estados que dependem fortemente de recursos hídricos para irrigação, como Minas Gerais, São Paulo e o Nordeste. A escassez de água e a irregularidade das chuvas comprometem a produção agrícola, impactando diretamente tanto o abastecimento interno quanto as exportações de importantes commodities.

De acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a crise hídrica já provoca aumentos de custo para produtores que precisam adotar medidas emergenciais para manter suas plantações irrigadas. “Estamos vivendo um cenário de grande desafio, e a tendência é que, se não houver recuperação dos reservatórios, a produção de alimentos caia drasticamente nos próximos meses”, alerta Antônio da Luz, economista da CNA. A produção de culturas como milho, feijão, soja, café e frutas tem sido afetada, o que pode resultar em aumentos de preços no mercado.

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No setor da fruticultura irrigada, particularmente nas regiões do Vale do São Francisco, responsável por grande parte da produção de frutas do Brasil, os produtores têm adotado práticas de irrigação mais eficientes para mitigar os danos. “A situação é crítica. Temos trabalhado para reduzir o consumo de água sem afetar a qualidade das frutas, mas já há sinais de perda de produtividade”, afirmou Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas).

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Queda na safra

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024 deve totalizar 295,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 6,4% em relação ao ano anterior. A redução é atribuída, em parte, à falta de água para irrigação. “A crise hídrica afeta diretamente a capacidade dos agricultores de manter a produção em níveis adequados”, afirma o economista da Embrapa, João Paulo Ribeiro.

A área destinada ao cultivo de milho e soja, dois dos principais produtos agrícolas do Brasil, também sofreu impactos. O milho, por exemplo, apresenta uma estimativa de produção de 116,7 milhões de toneladas, com uma queda significativa nas safras. “Se não conseguirmos garantir água suficiente para irrigação, corremos o risco de ver essas estimativas ainda mais reduzidas”, alerta Ribeiro.

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A crise hídrica também afeta diretamente a pecuária. A falta de pastagem e água reduz a capacidade de alimentação do gado, o que prejudica a produção de carne e leite. O coordenador de pecuária da Emater-MG, Roberto Freitas, destaca: “Os pecuaristas enfrentam enormes dificuldades para garantir a alimentação do rebanho. A seca prolongada não só compromete a qualidade das pastagens, mas também o abastecimento de água nos bebedouros”.

Consequências econômicas

A crise hídrica não afeta apenas os produtores individuais; suas repercussões podem ser sentidas em toda a economia. O aumento nos preços dos alimentos é uma preocupação crescente. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), as expectativas para a safra de soja já foram reduzidas devido à falta de chuvas. “Estamos vendo um aumento nos pedidos de recuperação judicial entre os produtores rurais devido às perdas nas lavouras”, afirma o presidente da associação, André Nassar.

A necessidade de manejo hídrico e o impacto no setor energético

O manejo hídrico adequado se torna essencial em tempos de crise. A pesquisadora da Embrapa Semiárido, Magna Moura, destaca que “a adoção de técnicas eficientes de irrigação pode ajudar a mitigar os efeitos da seca”. Ela recomenda o uso de sensores para monitorar a umidade do solo e ajustar a irrigação conforme necessário.

Moura também enfatiza que muitos produtores ainda utilizam mais água do que o necessário. “O excesso de irrigação não só desperdiça água como também pode levar à lixiviação de nutrientes do solo”, explica. Para ela, um manejo hídrico mais consciente pode resultar em economias significativas e garantir uma produção mais sustentável.

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Além da escassez de água, o impacto no setor energético também gera preocupação. As usinas hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da energia no Brasil, têm operado em níveis baixos, o que pode levar a aumentos na conta de energia. Para os agricultores, isso significa um custo maior para manter sistemas de irrigação e processamento funcionando. “A combinação de baixa oferta de água e aumento dos custos de energia pode resultar em um cenário de forte pressão nos preços dos alimentos no mercado interno”, explica a engenheira agrônoma Juliana Diniz, da Embrapa.

Práticas mais sustentáveis e gestão são fundamentais

Com a crise climática global se agravando, especialistas alertam que as crises hídricas podem se tornar mais frequentes e intensas nos próximos anos. Por isso, a adoção de práticas mais sustentáveis e a gestão eficiente dos recursos hídricos são fundamentais. “Precisamos repensar urgentemente o uso da água na agricultura e investir em tecnologias que reduzam o consumo sem prejudicar a produção. Caso contrário, o Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, pode ver sua segurança alimentar comprometida”, conclui Francisco Lima, professor de gestão de recursos hídricos da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A crise hídrica atual levanta um alerta vermelho para o futuro da produção de alimentos no Brasil, exigindo uma resposta rápida e coordenada entre governo, produtores e instituições de pesquisa para minimizar os impactos e garantir a sustentabilidade do setor agrícola. Sendo assim, sem medidas eficazes, o futuro da agricultura brasileira pode estar em risco.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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