Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, enfatizou a necessidade de o governo defender o agro brasileiro contra possíveis embargos que possam surgir “por interesses outros” sob a justificativa de desmatamento florestal.
Durante um evento organizado pelo Lide, em Londres, Pacheco destacou a importância de distinguir entre desmatamento ilegal e a supressão vegetal permitida pelo Código Florestal do Brasil.
O senador expressou preocupação com a falta de clareza em relação a esses conceitos, “não há essa separação ainda desses conceitos por parte da União Europeia, o que impõe certo sacrifício ao Brasil nas suas commodities e certa preocupação dos produtores do Brasil”.
“Algo que nos gera preocupação é o fato de que nesta produção do agronegócio, por interesses outros, venha algum tipo de embargo”. Além disso, Pacheco ressaltou que a defesa do agro brasileiro é crucial para evitar impactos negativos nas exportações.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Clonagem de animais é aprovada no Brasil
+ Agro em Campo: Minerva conclui compra da Marfrig por R$ 5,86 bi
A declaração ocorre em um contexto onde a UE está implementando a Regulamentação Anti-Desmatamento (EUDR). O que resulta em proibição da importação de produtos originados de áreas desmatadas após 2020.
Recentemente, a Comissão Europeia propôs adiar a aplicação da EUDR por 12 meses. O objetivo é permitir mais tempo para que os países produtores se ajustem às novas exigências. No entanto, essa proposta ainda precisa da aprovação do Parlamento Europeu e dos Estados-membros.
O Brasil já expressou formalmente suas preocupações sobre os impactos potenciais da legislação na sua economia.