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Modelo de gestão de forragem estabiliza produção pecuária no semiárido brasileiro

Henrique RodartePor Henrique Rodarte07/12/2024
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Foto: Lucas Oliveira/ Embrapa
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Pesquisadores da Embrapa, junto com universidades do Brasil e dos Estados Unidos, criaram um modelo inovador que estima a quantidade ideal de forragem necessária para armazenamento anual em propriedades rurais no Semiárido brasileiro.

A pesquisa concluiu que o armazenamento de 1,5 tonelada de forragem por hectare é suficiente para complementar a alimentação de rebanhos de 35 a 45 caprinos leiteiros. A descoberta representa um avanço no planejamento alimentar e na sustentabilidade da produção pecuária na região, caracterizada por longos períodos de seca e chuvas irregulares.

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O artigo “Stabilized Forage Guarantee System: defining a forage storage capacity to stabilize livestock production in vulnerable ecosystems” apresenta o estudo e está disponível na Revista Ciência Agronômica, da Universidade Federal do Ceará (UFC).

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A pesquisa utilizou dados de localidades semiáridas como Sobral e Quixadá, no Ceará, e Ouricuri, em Pernambuco. Fatores como histórico de chuvas, tipos de solo e vegetação da Caatinga influenciam a análise

Planejamento alimentar e sustentabilidade

O modelo criado utiliza ferramentas de simulação para prever variações na produção de pastagens ao longo do tempo, correlacionando essas variações ao consumo dos rebanhos. Essa tecnologia ajuda os produtores a planejar estoques anuais de forragem, prevenindo os impactos da estiagem sobre a alimentação animal.

De acordo com a pesquisadora Ana Clara Cavalcante, da Embrapa Caprinos e Ovinos, o armazenamento adequado de forragem é a chave para enfrentar as incertezas climáticas. “O maior desafio no Semiárido é a escassez de forragem durante o período seco. As simulações nos permitem prever a quantidade ideal de alimento a ser estocado, reduzindo os riscos associados à seca e garantindo a continuidade da produção pecuária”, afirmou.

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Magno Cândido, professor do Departamento de Zootecnia da UFC, destacou o impacto econômico do modelo. “Essa ferramenta permite análises de longo prazo, com 95% de garantia na estimativa das necessidades alimentares do rebanho. Isso ajuda o produtor a evitar custos desnecessários com insumos, energia e mão de obra para armazenar alimentos em excesso”, explicou.

Capacidade de suporte e sustentabilidade

O estudo mostrou que, com a adoção do modelo, uma propriedade rural de tamanho médio (28,9 hectares) pode sustentar de 35 a 45 caprinos leiteiros, sem a necessidade de expandir a área de pastagem. Essa solução traz benefícios diretos para os produtores do Semiárido, que enfrentam limitações na expansão de terras para cultivo, frequentemente marcada pela insustentabilidade.

Rodrigo Gregório, professor de Agronomia do Instituto Federal do Ceará (IFCE), afirma que o modelo se adapta a diferentes regiões semiáridas do Brasil.. “Ele funciona em qualquer localidade, pois leva em conta as condições específicas de solo e clima. Além de definir a capacidade de suporte da área, garantindo que o rebanho seja alimentado adequadamente”, afirmou.

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Avanços no combate à desertificação

A modelagem de sistemas auxilia no planejamento alimentar e também enfrenta desafios como a degradação ambiental e a desertificação, problemas intensificados por práticas inadequadas de manejo. O superpastejo – excesso de animais por área – e a baixa qualidade do solo dificultam o uso sustentável dos recursos alimentares, impactando diretamente os custos de produção.

Ana Clara Cavalcante explicou que o modelo também orienta os produtores na adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis. “Ele permite otimizar recursos, como o uso de terras, e ainda estimula a diversificação forrageira, recomendada pela Embrapa, que consiste na introdução de diferentes espécies de plantas na propriedade para diversificar a alimentação animal”, detalhou.

Além disso, a pesquisa aponta que a melhoria das condições de manejo e armazenamento pode reduzir significativamente as perdas de qualidade da forragem. Para Magno Cândido, o modelo ainda depende de investimentos em infraestrutura e capacitação. “Muitos produtores não têm acesso a mão de obra qualificada ou maquinário adequado para armazenar forragem no momento ideal de corte. Isso é crucial para manter a qualidade do alimento estocado”, ressaltou.

Inovação tecnológica e projeções futuras

A equipe de pesquisadores pretende aprimorar o modelo, incorporando novos parâmetros, como a qualidade da forragem armazenada e a necessidade de suplementação nutricional dos animais. “Estamos investindo na coleta de dados para alimentar bancos de informações que possam melhorar ainda mais as simulações. Também queremos estimular a formação de especialistas em modelagem para que essa ferramenta seja amplamente utilizada na formulação de políticas públicas e no apoio à tomada de decisões pelos produtores”, disse Cavalcante.

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Os resultados da pesquisa já inspiraram o desenvolvimento de soluções tecnológicas, como o aplicativo Orçamento Forrageiro, que ajuda os produtores no planejamento de estoques. No futuro, a intenção é integrar os dados do modelo a sistemas de alerta precoce para riscos climáticos. Desta forma, possibilitando que os criadores de animais antecipem estratégias de mitigação em períodos de seca extrema.

Revolução na pecuária do semiárido

Com a aplicação desse modelo, a pecuária no Semiárido pode dar um salto significativo em eficiência e sustentabilidade. A tecnologia oferece aos produtores ferramentas para enfrentar a imprevisibilidade climática, melhorar a gestão de suas propriedades e reduzir custos.

“A ciência prova que é essencial produzir forragem anualmente para armazenamento. Isso reduz drasticamente os riscos associados à seca, permitindo que a pecuária no Semiárido prospere em um ambiente desafiador”, concluiu Cavalcante.

O modelo promete transformar o setor, possibilitando que produtores enfrentem os desafios ambientais com maior resiliência e promovam um uso mais sustentável dos recursos naturais.

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