As ações da Raízen (RAIZ4) caíram pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, 21 de janeiro de 2025, alcançando mínimas históricas. Os papéis da companhia desvalorizaram-se mais de 4,5%, sendo cotados a R$ 1,84 por volta das 14h23, em um cenário de forte pressão no mercado.
A queda acentuada se deve à divulgação de números operacionais trimestrais que ficaram abaixo das expectativas do mercado. A Raízen anunciou que a moagem de cana no acumulado da safra 2024/2025 somou 77,5 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 6% em relação à estimativa mais pessimista da própria empresa. Essa situação é atribuída a fatores climáticos adversos, como estiagens e incêndios que afetaram a produtividade das lavouras.
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Além disso, a companhia decidiu descontinuar suas projeções financeiras para o ano-safra 2024/2025, o que gerou desconfiança entre os investidores. Analistas do Santander reduziram o preço-alvo das ações da Raízen de R$ 2,90 para R$ 2,40, citando volumes de moagem mais fracos e condições de mercado deterioradas, como taxas de juros elevadas e preços do açúcar em queda.
Reações do Mercado
A reação do mercado foi imediata e negativa. As ações da Raízen já haviam registrado uma queda de 5,39% na sessão anterior, fechando a R$ 1,93. Com as novas informações sobre o desempenho operacional e as revisões nas projeções financeiras, o sentimento dos investidores se deteriorou ainda mais.
Os analistas, por outro lado, destacam que a situação atual da Raízen reflete, sem dúvida, um ciclo difícil para a companhia. Nesse contexto, a perda acumulada em valor de mercado chega a quase R$ 18,7 bilhões em um ano, o que representa, portanto, uma queda de cerca de 48%. Essa desvalorização, além de preocupante, ocorre em um momento em que a empresa busca, de forma prioritária, reduzir sua alavancagem e melhorar sua estrutura financeira.
Perspectivas Futuras
A Raízen é considerada a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo e sua performance é monitorada atentamente pelo mercado. Diante desse cenário, o futuro próximo exigirá, sem dúvida, decisões estratégicas para, enfim, recuperar a confiança dos investidores e estabilizar suas operações.