A atemoia, resultado do cruzamento entre a cherimoia e a fruta do conde, popularmente conhecida como pinha ou ata, tem conquistado espaço no mercado brasileiro. Essa fruta, que combina as melhores qualidades de suas espécies parentais, oferece um sabor mais doce e uma textura agradável ao consumidor final.
O desenvolvimento da atemoia começou no início do século XXI nos Estados Unidos, onde pesquisadores realizaram os primeiros testes para aprimorar a fruta. Segundo o pesquisador José Emílio Bettiol, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), “a atemoia possui qualidades distintas. Dependendo da cultivar, você pode plantá-la em uma área muito maior do que a pinha e a cherimoia”.
No Brasil, os estados de São Paulo e Minas Gerais se destacam como os maiores produtores de atemoia, concentrando 43,8% e 18% da produção total do país, respectivamente. A fruta também apresenta uma participação significativa no mercado internacional. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), foram exportadas 986 toneladas de atemoia, pinha e graviola no último ano, gerando quase US$ 4 milhões em receita.
Desafios climáticos
Assim como outros setores agrícolas, a produção de atemoia enfrenta desafios relacionados às adversidades climáticas. As altas temperaturas registradas nas principais áreas produtoras podem prejudicar o desenvolvimento dos frutos, impactando a produtividade do próximo ciclo. Atualmente, a colheita da safra está em fase final. E o mercado se mostra atrativo, com preços em torno de R$ 12,50 por caixa de um quilo no Ceasa em Campinas.
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Com o aumento da demanda por frutas exóticas e saudáveis, a atemoia apresenta um grande potencial para expansão no mercado brasileiro e internacional. A combinação de características favoráveis da cherimoia e da pinha pode posicionar a atemoia como uma alternativa atraente para os consumidores. Que estão sempre em busca de novas opções de frutas frescas.
A atemoia não apenas diversifica a oferta de frutas no Brasil, mas também contribui para o fortalecimento da agricultura familiar. Além de colaborar para o aumento das oportunidades econômicas nas regiões produtoras. Com o suporte adequado em termos de pesquisa e desenvolvimento, essa fruta pode se consolidar ainda mais no mercado nacional e internacional nos próximos anos.