A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para fevereiro. Com isso, a conta de luz continuará sem taxa extra no próximo mês.
Em geral, o alto volume de chuvas tem favorecido a recuperação dos reservatórios e garantido a geração de energia mais barata. Em 2023, a Aneel aplicou taxas extras entre setembro e novembro, mas acionou a bandeira verde em dezembro e janeiro devido à melhora nas condições hidrológicas.
Como funciona o sistema de bandeiras
A Aneel utiliza um sistema de cores para indicar o custo da geração de energia. Ou seja, quando as chuvas são escassas e os reservatórios das hidrelétricas baixam, as termelétricas precisam ser acionadas, elevando o custo da energia.
Portanto, nesses casos, a Aneel ativa as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, que adicionam taxas à conta de luz. Em 2024, o órgão cobrou tarifas extras nas faturas de julho, setembro, outubro e novembro devido à estiagem.
Perspectivas para o ano
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que o cenário para manutenção da bandeira verde é positivo. Segundo ele, se as chuvas continuarem dentro da previsão, a tendência é manter a tarifa sem acréscimos ao longo do ano.
Entretanto, Feitosa ressaltou que a definição das bandeiras dependerá do período seco e do nível dos reservatórios. Ele também destacou que o comportamento tarifário pode sofrer influência de discussões entre o Executivo e o Legislativo sobre políticas públicas para o setor elétrico.
Valores das bandeiras tarifárias para conta de luz
As bandeiras tarifárias da Aneel determinam o custo da energia para o consumidor:
- Bandeira verde – Sem custo extra.
- Bandeira amarela – R$ 18,85 por MWh utilizado (R$ 1,88 a cada 100 kWh).
- Bandeira vermelha patamar 1 – R$ 44,63 por MWh utilizado (R$ 4,46 a cada 100 kWh).
- Bandeira vermelha patamar 2 – R$ 78,77 por MWh utilizado (R$ 7,87 a cada 100 kWh).
Com a recuperação dos reservatórios, a expectativa é de que a conta de luz continue sem custos adicionais nos próximos meses.
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