O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) subiu 4% em janeiro de 2025, atingindo 1,09 pontos. Em geral, apesar da recuperação nos preços de algumas commodities, o aumento no custo médio dos fertilizantes influenciou o resultado.
Milho
A safrinha de milho deve expandir a área plantada em relação à safra anterior. Com o fim da janela de plantio se aproximando, especialistas destacam a importância do planejamento na compra de insumos. Ou seja, diante das incertezas geopolíticas globais, produtores precisam aproveitar oportunidades de mercado, evitar gargalos logísticos e garantir a entrega dos fertilizantes no período ideal de aplicação.
Os fertilizantes registraram alta média de 3% no mês, puxada pela valorização da ureia, seguida pelo cloreto de potássio (KCl) e pelo superfosfato simples (SSP). Já as commodities agrícolas usadas no cálculo do índice avançaram 0,3%. A soja caiu 2% devido à expectativa de safra recorde no Brasil. O milho, por outro lado, subiu 2%, impulsionado pela demanda interna e pelas perdas na Argentina, Paraguai e no Sul do Brasil. Cana-de-açúcar e algodão também registraram altas de 1,7% e 2%, respectivamente.
Monitoramento
O mercado agora monitora o ritmo da colheita no Brasil e os impactos no plantio da segunda safra de milho. As atenções também estão voltadas para as perdas já confirmadas no Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai. Além disso, o planejamento para a próxima safra de verão exige atenção à qualidade dos fertilizantes fosfatados, já que o país tem importado produtos de baixa solubilidade.
O que é o IPCF?
Divulgado mensalmente pela Mosaic, o IPCF mede a relação entre os preços de fertilizantes e commodities agrícolas. A metodologia compara os dados com a base de 2017. Quanto menor o índice, melhor a relação de troca para o produtor. O cálculo considera as principais lavouras brasileiras, incluindo soja, milho, açúcar, etanol e algodão.