Os preços da soja registraram alta no mercado brasileiro na última semana, impulsionados pelas chuvas irregulares na América do Sul. De acordo com o Cepea, esse cenário tem deixado vendedores em alerta, reduzindo a oferta no mercado spot nacional.
Incertezas sobre a relação comercial entre Estados Unidos e China também influenciam o movimento de alta. Caso a demanda chinesa pela oleaginosa brasileira aumente nos próximos meses, os preços podem continuar reagindo. No entanto, a valorização da soja foi limitada pela queda do dólar, que favorece as commodities norte-americanas. O aumento no frete rodoviário no Brasil, que reduz o valor recebido pelos produtores, também conteve as altas no mercado interno.
Milho: preço da saca supera R$ 76 em Campinas (SP)
O mercado do milho segue em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Na última semana, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) voltou a superar os R$ 76 por saca de 60 kg, patamar não visto desde abril de 2023.
A demora na colheita da safra de verão e os atrasos na semeadura da segunda safra, principalmente no Centro-Oeste, mantêm vendedores afastados do mercado spot. Muitos preferem aguardar valorizações antes de negociar. Pesquisadores do Cepea apontam que a prioridade tem sido a colheita e a entrega da soja, deixando as vendas de milho em segundo plano. Os fretes rodoviários mais caros também pressionam os custos.
Na demanda, compradores buscam novos lotes, mas enfrentam resistência dos vendedores, que seguem firmes nos valores pedidos.
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