A anta sul-americana (Tapirus terrestris), considerada extinta regionalmente há mais de um século, foi avistada novamente no Brasil. Em janeiro, câmeras ocultas capturaram imagens de três desses majestosos mamíferos, incluindo uma mãe e seus dois filhotes, vagando pela Mata Atlântica do país.
O Parque Estadual Cunhambebe (PEC) recebeu o registro das imagens, em uma área de conservação de 38 mil hectares criada em 2008 para proteger espécies ameaçadas de extinção. A última observação de uma anta sul-americana no estado do Rio de Janeiro ocorreu em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
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“Esse feito reflete a importância de áreas protegidas e esforços de conservação na recuperação de espécies emblemáticas”, destacou um porta-voz do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA). Marcelo Cupello, biólogo do INEA, acrescentou: “A volta espontânea das antas é um sinal de que as florestas do Rio de Janeiro são capazes de sustentar grandes mamíferos novamente, demonstrando uma conectividade ecológica funcional.”
Papel ecológico das antas
A anta sul-americana, conhecida como “jardineira da floresta”, desempenha um papel vital nos ecossistemas das florestas tropicais. Ela remove plantas com sua tromba preênsil e dispersa sementes por meio de suas fezes, contribuindo para a biodiversidade local. Com até 320 kg, esses animais são essenciais para a manutenção dos ambientes florestais.
As antas sul-americanas, assim como outras três espécies de antas, enfrentam o risco de extinção. O reaparecimento desses animais marca um momento histórico na conservação da vida selvagem e incentiva esforços contínuos para a proteção desses ecossistemas críticos.
O retorno das antas é um sinal de que as florestas do Rio de Janeiro estão se recuperando e podem sustentar novamente grandes mamíferos. Isso demonstra a eficácia das áreas protegidas e dos esforços de conservação na preservação da biodiversidade local.
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