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Crise do café: solução pode vir da África

Henrique RodartePor Henrique Rodarte04/03/2025
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Enquanto as mudanças climáticas ameaçam as plantações tradicionais de café, uma espécie rara e resistente, descoberta no Sudão do Sul, ganha destaque como alternativa para o futuro. O café Excelsa, nativo de regiões asiáticas, agora é cultivado em países como Congo, Uganda e Sudão do Sul. E chama a atenção por sua capacidade de prosperar em condições extremas como secas, calor intenso e ataques de pragas, características que o tornam uma aposta promissora em meio ao colapso de safras globais.

excelsa

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Com raízes profundas, folhas grossas e troncos robustos, o Excelsa sobrevive onde variedades como Arábica e Robusta falham. Enquanto o Brasil, maior produtor mundial, enfrenta queda de 12% na colheita este ano devido à seca, especialistas veem no Excelsa um potencial para mitigar perdas. Apesar de representar menos de 1% do mercado, seu cultivo avança em países como Índia, Vietnã e Sudão do Sul. Nesses países, várias comunidades redescobrem a planta como fonte de renda.

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No estado de Equatoria Ocidental, agricultores veem no Excelsa uma chance de escapar da pobreza. Após três anos de cuidados, suas primeiras colheitas começam a florescer, com a promessa de gerar recursos para educação e sustento familiar. Empresas como a Equatoria Teak capacitam 1.500 produtores locais, fornecendo mudas e treinamento, enquanto preparam a primeira exportação de 7 toneladas para a Europa. Projeções indicam que, até 2027, o café pode injetar US$ 2 milhões na economia sul-sudanesa, com interesse de gigantes como a Nespresso.

O Excelsa oferece um perfil sensorial único: doce, com notas de chocolate, frutas escuras e avelã, menos amargo que o Arábica e mais complexo que o Robusta. Ainda assim, seu alcance global depende de escalonamento. Para atrair grandes compradores, a produção precisa triplicar — um desafio em um país marcado por instabilidade política e infraestrutura precária.

Obstáculos e esperança

A falta de estradas e a violência local complicam o escoamento. Um caminhão leva 3.000 km até o porto queniano, com custos cinco vezes superiores aos de países vizinhos. Conflitos recentes em Equatoria Ocidental, incluindo bloqueios de estradas e deslocamentos, reforçam riscos para investidores. Além disso, incêndios criminosos e práticas agrícolas tradicionais ameaçam plantações, como no caso de Elia Box, que perdeu metade de sua safra para as chamas em fevereiro.

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Apesar dos desafios, o Excelsa simboliza esperança para comunidades que dependem de ajuda externa. Líderes locais enfatizam a necessidade de uma mentalidade de longo prazo e paz duradoura para que o café floresça. Enquanto o governo sul-sudanês promete reabilitar plantações e construir uma escola agrícola, agricultores seguem apostando no grão. Não apenas como cultivo, mas como legado para as próximas gerações.

Nesse cenário, o Excelsa não é apenas uma planta, mas um testemunho de resiliência — tanto climática quanto humana — em um país que busca renascer através de suas raízes.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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