O Ceará é o primeiro estado a implementar o projeto Sertão Vivo. Ele visa promover a gestão sustentável da terra em áreas altamente vulneráveis à mudança climática no Nordeste do Brasil. A iniciativa beneficiará mais de 250 mil pessoas em 72 municípios cearenses, com um investimento de R$ 252 milhões.
Lançado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Governo do Ceará, o Sertão Vivo chega em um momento crítico para a segurança alimentar no Brasil. O projeto pretende criar sistemas agroflorestais integrados e promover práticas de coleta, armazenamento e uso de água para sustentar plantações e pecuária.
Rossana Polastri, diretora regional do FIDA para a América Latina e o Caribe, destacou a importância da agricultura familiar na redução da fome e da pobreza no país. Ela ressalta a necessidade de apoiar esses agricultores para fortalecer sua resiliência e produtividade em um ambiente de mudança climática.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, explicou que o financiamento adicional permitirá que os benefícios da iniciativa cheguem a todos os estados da região Nordeste, preservando diversos biomas. Até agora, 13 projetos foram implementados com apoio do FIDA no Brasil, com um investimento total de US$ 1,18 bilhão.
A colaboração entre FIDA, Fundo Verde para o Clima (GCF), BNDES e o estado do Ceará inclui a construção ou restauração de infraestruturas como cisternas. O FIDA investe no Brasil desde 1980, buscando aumentar a renda dos pequenos agricultores. Isso além de fortalecer cooperativas e promover o desenvolvimento de novos mercados para a agricultura familiar.
O projeto Sertão Vivo representa um novo modelo operacional. Ele combina financiamento em larga escala com investimentos focados no meio ambiente e na mudança climática para reduzir a pobreza rural.