Cotonicultores do Centro-Oeste enfrentam um comportamento atípico da mancha alvo nesta safra, afetando o ponteiro do algodão. A doença, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, pode reduzir a produtividade em até 40%.
O fungo necrotrófico, comum na soja e no algodão, sobrevive em restos culturais e afeta diversas plantas. Para controlar a mancha alvo de forma eficaz, é essencial realizar o manejo de fungicidas o mais cedo possível e de maneira preventiva no plantio do algodão. Guilherme Hungueria, gerente de Campanhas para Milho e Algodão da Bayer, destaca a importância dessa prática para evitar a proliferação da doença. “A mancha alvo é uma doença impactante para o algodão, não somente para este ano em que observamos os sintomas no ponteiro, mas sempre foi preocupante para o agricultor.
Trabalho de pesquisa da Bayer
Nesta safra, a Bayer, através da sua equipe de fitopatologistas conduziu um robusto trabalho investigativo sobre o patógeno. E confirmou se tratar do Corynespora cassiicola, o que corrobora estudos de pesquisadores renomados como o Dr. Sérgio H. Brommoschenkel (UFV) e o Dr. Rafael Galbieri (IMA – MT). Diante desta confirmação, passamos a recomendar um ajuste no manejo da aplicação do fungicida para evitar perdas de produtividade”, destaca.
A estratégia que tem gerado os melhores resultados é a de três aplicações de fungicida, o mais breve possível. “Já é sabida a eficácia de Fox Xpro no manejo de doenças do algodoeiro, sendo a melhor ferramenta especialmente para mancha alvo. No contexto desse novo cenário da doença, a estratégia que tem gerado os melhores resultados é a aplicação consecutiva de Fox Xpro no início das pulverizações do manejo, de maneira preventiva. O que muda diante do cenário incomum visto nesta safra é a recomendação de utilizar o maior número de aplicações regulados pela bula em sequência a partir da 2ª aplicação, incluindo a aplicação 4”, defende.
Além do uso de fungicidas, é essencial controlar plantas daninhas e utilizar sementes certificadas, como a variedade DP 1949 B3RF, que apresentou boa performance. Ney Oliveira, consultor técnico da Fazenda Céu Azul, ressalta a eficácia dessa variedade no manejo da doença.
Estratégias Integradas
Hungueria recomenda um manejo eficiente de fungicidas na cultura anterior, especialmente no sistema soja-algodão. “Plantas daninhas são fontes de inóculo da doença e devem ser controladas antes, durante e depois da safra”, afirma.
Sementes certificadas e cultivares tolerantes, como a DP 1949 B3RF, são fundamentais para evitar a proliferação da doença. Na Fazenda Céu Azul, manejos adaptados às cultivares sensíveis e tolerantes garantiram uma planta mais saudável.
A combinação de práticas integradas e o uso de tecnologias avançadas, como o fungicida Fox® Xpro, mostra-se eficaz no controle da mancha alvo, garantindo a saúde das lavouras e a produtividade dos cotonicultores.