Close Menu
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Facebook X (Twitter) Instagram
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Agro em Campo
Home » Método detecta micotoxinas em grãos de milho de maneira rápida e sem reagentes químicos
Notícias

Método detecta micotoxinas em grãos de milho de maneira rápida e sem reagentes químicos

Henrique RodartePor Henrique Rodarte08/10/2024
Facebook Twitter WhatsApp
Os preços do milho subiram nas principais regiões monitoradas pelo Cepea nos últimos dias. A saca de 60 kg atingiu R$ 60,12.
Facebook Twitter WhatsApp

Uma equipe de cientistas da Embrapa e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu uma técnica inédita que promete transformar o monitoramento de micotoxinas nos grãos de milho. O novo método detecta fumonisinas diretamente nos grãos, utilizando imagens hiperespectrais de infravermelho próximo (NIR-HSI), sem a necessidade de moer os grãos ou usar reagentes químicos tóxicos, tornando o processo mais rápido, barato e ambientalmente seguro.

As fumonisinas, produzidas por fungos do gênero Fusarium, são uma das maiores ameaças à produção de milho no Brasil, contaminando os grãos ainda no campo. Pior ainda, elas não são destruídas pelo calor durante o processamento dos alimentos, mantendo-se como um risco à saúde humana e animal. Essa nova tecnologia NIR-HSI permite a identificação e quantificação das fumonisinas diretamente nos grãos, visualizando alterações químicas invisíveis a olho nu, tudo isso sem destruir as amostras.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

De acordo com a pesquisadora Maria Lúcia Simeone, da Embrapa Milho e Sorgo, “o método utiliza o princípio da reflectância difusa, que identifica a interação entre a radiação eletromagnética e as moléculas dos grãos, possibilitando a visualização pixel a pixel das alterações químicas”. A tecnologia combina informações espaciais e espectrais obtidas por meio de um algoritmo matemático que analisa as amostras de milho, oferecendo resultados rápidos e precisos.

Leia Também:

Petrobras e Embrapa se unem; acordo foca em "revolução verde"

Abelhas sem ferrão: paixão e renda para agricultoras no Pará

Saiba como estão os preços dos alimentos pelo mundo

Benefícios e avanços para a cadeia produtiva do milho

A inovação traz uma série de benefícios para toda a cadeia produtiva do milho. Primeiramente, o novo método realiza a análise significativamente mais rápido que as técnicas tradicionais, permitindo que a análise ocorra em apenas 30 segundos. Isso possibilita testar um número maior de amostras, otimizando a detecção de contaminações em grandes lotes. Além disso, a técnica é mais econômica, uma vez que dispensa tanto a moagem das amostras quanto o uso de reagentes químicos caros e prejudiciais ao meio ambiente e à saúde dos técnicos de laboratório.

Outro grande diferencial é o fato de que a análise não destrói as amostras, permitindo que os grãos continuem intactos após o processo. Isso representa uma grande vantagem para os produtores, que podem usar os grãos analisados posteriormente, sem a necessidade de descartá-los.

Leia mais:
+ Agro em Campo: Produtor de jabuticabas investe em tecnologia para aumentar a produtividade
+ Agro em Campo: Cientistas brasileiros descobrem canabidiol em erva daninha

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A pesquisadora Valéria Aparecida Vieira Queiroz, da Embrapa, destaca que “essa técnica pode revolucionar o controle de fumonisinas no milho, contribuindo para a segurança alimentar e reduzindo perdas na produção. Com essa metodologia, podemos segregar lotes contaminados e garantir alimentos mais seguros para os consumidores e para os animais”.

A importância das fumonisinas

As fumonisinas estão entre as micotoxinas mais perigosas devido à sua ampla distribuição geográfica e alta toxicidade. Elas são responsáveis por diversos problemas de saúde, tanto em humanos quanto em animais, quando consumidas em alimentos contaminados. A sua presença na produção de milho é uma preocupação crescente, especialmente no Brasil, um dos maiores produtores do grão no mundo.

Com o aumento da demanda por métodos mais eficientes e menos invasivos para garantir a qualidade dos alimentos, o desenvolvimento de novas tecnologias como o NIR-HSI se torna essencial. O pesquisador Everaldo Medeiros, da Embrapa Algodão, explica que a técnica gera uma espécie de “imagem química” dos grãos. Isso permite identificar e quantificar as fumonisinas com grande sensibilidade e precisão. “Os resultados que obtivemos mostram que essa tecnologia tem o potencial de ser amplamente utilizada para melhorar a segurança alimentar e prevenir contaminações”, acrescenta.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Um futuro promissor para a segurança alimentar

Essa pesquisa, publicada na revista Brazilian Journal of Biology, representa um avanço significativo no campo da segurança alimentar. Ao permitir a detecção rápida e direta da presença de fumonisinas nos grãos de milho, a nova metodologia oferece aos produtores uma ferramenta poderosa para garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. Além disso, a técnica também ajuda a prevenir perdas econômicas na cadeia produtiva, ao identificar lotes contaminados antes que eles sejam processados ou distribuídos.

Leia mais:
+ Agro em Campo: Confira como o clima impactou o agronegócio em setembro
+ Agro em Campo: Preços do etanol e trigo caem com oferta elevada

O projeto de pesquisa conta com o apoio de diversos parceiros, incluindo universidades e centros de pesquisa. Além disso, promete continuar a evoluir nos próximos anos, com o objetivo de expandir as aplicações dessa tecnologia para outras culturas e micotoxinas.

O que são micotoxinas

Micotoxinas são compostos tóxicos que fungos produzem e que podem contaminar alimentos e rações. Frequentemente, esses compostos aparecem em grãos, nozes, frutas e outros produtos agrícolas, especialmente quando as condições de armazenamento se tornam inadequadas.

As micotoxinas podem causar uma variedade de problemas de saúde em humanos e animais, incluindo toxicidade aguda e efeitos crônicos, como câncer e distúrbios imunológicos. Os tipos mais comuns de micotoxinas incluem aflatoxinas, ocratoxinas, fumonisinas e zearalenona.

×
Crise do Vinho: 30 mil hectares de vinhedos destruídos na França
agro em campo cadeia produtiva do milho Embrapa fumonisinas micotoxina micotoxinas milho UFMG
Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp
AnteriorPreços do etanol e trigo caem com oferta elevada
Próximo Crise do Vinho: 30 mil hectares de vinhedos destruídos na França
Henrique Rodarte
  • Website
  • Facebook
  • X (Twitter)
  • LinkedIn

Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

Conteúdo Relacionado

Como o split payment impacta as operações do agronegócio

09/06/2025

Inteligência Artificial impulsiona agronegócio brasileiro

09/06/2025

Assado de búfalo é destaque no Paleta Atlântida em Porto Alegre

09/06/2025

Festival destaca a força do vinho paranaense

09/06/2025

Cecafé e Agro em Campo celebram parceria estratégica para cobertura do 10º Coffee Dinner & Summit

09/06/2025

Preço do milho recua com colheita da segunda safra

09/06/2025
Comentar
Leave A Reply Cancel Reply

Em alta

Feijão de alta qualidade atinge maior preço em nove meses

Fábrica de rações em Itumbiara é interditada após morte de dezenas de cavalos

Frente fria provoca chuva e queda de temperatura no país

Conheça a vaca que foi pra cozinha em vez do brejo

Ministério da Agricultura confirma foco de gripe aviária em aves domésticas no Mato Grosso

Exportações de milho e soja pelo Arco Norte crescem 57% 

Agro em Campo
Agro em Campo

Somos o Agro em Campo, uma plataforma de conteúdo que engaja temas relevantes do segmento Agro por meio de notícias no ambiente digital.

Produzimos conteúdo de qualidade e independência editorial do Brasil para mundo.

Somos sustentáveis, somos o sonho de uma sociedade que gera alimentos, influência, boas práticas ambientais e representatividade na economia. Temos orgulho de sermos Agro.

Institucional
  • Quem Somos
  • Notícias
  • Sustentabilidade
  • Eventos
  • Leilões
Últimas Publicações

Como o split payment impacta as operações do agronegócio

09/06/2025

Inteligência Artificial impulsiona agronegócio brasileiro

09/06/2025

Assado de búfalo é destaque no Paleta Atlântida em Porto Alegre

09/06/2025
© 2025 AGRO EM CAMPO

Digite acima e pressione Enter para pesquisar.