O futuro do consumo de energia no Brasil está passando por transformações significativas, impulsionadas pelas mudanças climáticas e pela digitalização do mercado. A previsão é que, até 2028, o consumo de energia contratada diretamente de fornecedores alcance 50% do total consumido no país. Essa mudança exige que as empresas adotem soluções inovadoras para aumentar sua competitividade e reduzir os custos com energia.
Desde janeiro deste ano, empresas com contas de luz acima de R$ 10 mil têm a opção de escolher seu fornecedor de energia e negociar preços no mercado livre. Em 2024, cerca de 66 empresas migram diariamente para esse ambiente, onde o preço é mais acessível. Até agosto, 16 mil novos consumidores optaram pelo mercado livre, um número que já supera duas vezes os resultados do ano anterior.
Oportunidade
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 72,6% dos novos entrantes são pequenas e médias empresas, como padarias e supermercados. A região Sudeste lidera as migrações, seguida pelo Sul e Nordeste. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que 31 mil unidades consumidoras devem migrar até 2025, sendo a maioria empresas menores.
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Além disso, o Brasil alcançou 30 GW de capacidade instalada em geração própria em 2024, atendendo 3,8 milhões de unidades consumidoras. Essa capacidade é equivalente a pouco mais do dobro da usina de Itaipu (14 GW). Para Hermano Pinto, diretor do portfólio de energia na Informa Markets Latam, a energia passou a ser uma aliada das empresas na construção de negócios mais lucrativos e sustentáveis.
O Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024) será realizado nos dias 22 e 23 de outubro em São Paulo. Este primeiro evento no Brasil voltado para consumidores de energia reunirá indústrias, investidores e especialistas para discutir estratégias que promovam práticas sustentáveis e eficientes no setor energético. A programação incluirá painéis sobre modelos de contratação, eficiência energética e o potencial da bioenergia e do hidrogênio.