A Petrobras e a Embrapa assinaram um acordo de cooperação, no Rio de Janeiro, com foco no desenvolvimento de soluções tecnológicas para produção de biocombustíveis e produtos de baixo carbono.
O objetivo é criar alternativas sustentáveis, como a produção de biocombustíveis e a expansão da química verde.
O acordo contempla a criação de novas tecnologias e a implantação de unidades industriais pela Petrobras.
Já a Embrapa atuará no desenvolvimento de protocolos agrícolas de baixo carbono, como a certificação de culturas como a soja.
Além disso, serão estudadas culturas alternativas, como o milho safrinha e a carinata, que podem diversificar o portfólio de matérias-primas para a produção de agroenergia.
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Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou a importância de diversificar o acesso a matérias-primas sustentáveis, visando a redução da dependência de importações de fertilizantes e promovendo o Plano Nacional de Fertilizantes.
Para a Embrapa, liderada por Silvia Massruhá, essa cooperação reforça o papel estratégico da empresa na bioeconomia e desenvolvimento sustentável.
Foco em fertilizantes e bioenergia
O desenvolvimento de novos fertilizantes e insumos sustentáveis também faz parte da parceria. Além disso, a Petrobras planeja, com apoio da Embrapa, criar fertilizantes de ureia de maior valor agregado e produtos mistos adaptados aos solos brasileiros, o que pode resultar em maior produtividade agrícola.

A presidente da Embrapa reforçou o compromisso com a inovação tecnológica para alcançar metas ambientais e melhorar a eficiência dos produtos oferecidos.
A cooperação também inclui a pesquisa em biometano e biogás, alinhando-se ao Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.
Ou seja, a ideia é formar redes de pesquisa focadas em matérias-primas sustentáveis, aproveitando a expertise da Embrapa.
Retomada de atividades e impacto estratégico
Dentro do plano de expansão, a Petrobras anunciou recentemente a reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), no Paraná, com operações previstas para 2025.
Esse movimento faz parte do Plano Estratégico 2024-2028 da companhia, que pretende aumentar a produção de ureia, ARLA 32 e amônia no país.
A assinatura do termo ocorreu no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), o que representa, portanto, um novo capítulo na busca por um futuro mais verde e eficiente.
Maiza Goulart, diretora executiva do Cenpes, ressaltou o potencial da parceria para alavancar o agronegócio e desenvolver soluções de alta performance. Buscando, dessa forma, reduzir os impactos ambientais e ampliar a sustentabilidade no setor energético e agrícola brasileiro.