A podridão de grãos tem causado perdas significativas nas lavouras de soja do Médio Norte de Mato Grosso desde a safra 2019/2020. Em geral, o problema se intensificou nas safras seguintes, especialmente em 2020/2021 e 2021/2022. Portanto, para combater a doença, a Embrapa e parceiros focam no manejo de fungicidas, avaliação de cultivares resistentes e estudos metagenômicos para identificar com precisão as causas do problema.
Em dezembro, a Embrapa e a CropLife Brasil realizaram reuniões em Sorriso e Sinop com 16 produtores de soja. Os participantes fazem parte das cooperativas Coacen (Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte) e Coap (Cooperativa Agropecuária Primavera), além de um consultor especializado.
O pesquisador Auster Farias, da Embrapa Cerrados e o consultor Nery Ribas conduziram as reuniões. Em resumo, a ação integra um projeto em parceria com Embrapa Cerrados, Embrapa Soja, Embrapa Agrossilvipastoril e CropLife Brasil.
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Produtores alertam sobre a podridão da soja
“Todos os produtores relataram a presença da podridão de grãos nas lavouras nos últimos anos, mas em níveis controlados. Isso é resultado do manejo eficiente com fungicidas e do uso de cultivares mais resistentes”, afirmou Farias. Ele destacou que essas soluções são frutos de anos de pesquisa e cooperação entre Embrapa e parceiros.
Outro ponto debatido foi a influência da nebulosidade durante o florescimento e enchimento de grãos. “Os produtores foram unânimes ao relatar que anos com muita nebulosidade resultam em queda de produtividade”, explicou o pesquisador.
Em 2025, a Embrapa e a CropLife Brasil planejam novas reuniões com produtores da região. Os encontros ocorrerão tanto de forma presencial quanto virtual, reforçando o compromisso com soluções para o enfrentamento da podridão dos grãos na soja.