Os preços da soja no mercado doméstico registraram altas significativas em junho, alcançando as maiores médias do ano em termos reais. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu 2,10%, atingindo R$ 138,92/saca, enquanto o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná aumentou 2,40%, chegando a R$ 133,98/saca de 60 kg.
Pesquisadores do CEPEA atribuem essa alta à firme demanda internacional e à valorização externa, com sojicultores resistindo à comercialização em grandes volumes, esperando que a alta taxa de câmbio continue favorecendo as exportações. No primeiro semestre, as exportações de soja totalizaram 64,13 milhões de toneladas, um recorde para o período, segundo dados da Secex.
Segundo semestre
A perspectiva para a soja no Brasil no segundo semestre de 2024 é promissora, mas com desafios. O setor se beneficia de uma demanda internacional robusta, especialmente da China, e de preços elevados no mercado global. No entanto, os agricultores enfrentam incertezas devido às flutuações cambiais e às condições climáticas imprevisíveis. A resistência dos produtores em comercializar grandes volumes, esperando preços ainda melhores, pode manter a oferta restrita no mercado interno.
Fatores Positivos:
- Demanda internacional forte: A China, maior importador de soja brasileira, continua a aumentar suas compras, impulsionando os preços.
- Valorização externa: Os preços elevados no mercado global favorecem as exportações brasileiras, que atingiram um recorde no primeiro semestre de 2024.
- Alta dos preços: A resistência dos produtores em vender grandes volumes e a expectativa de um câmbio favorável contribuem para manter os preços altos.
Desafios:
- Flutuações cambiais: A variação do dólar pode impactar a competitividade da soja brasileira no mercado internacional.
- Condições climáticas: O clima adverso, como seca no Sudeste e enchentes no Sul, pode afetar a produção e a qualidade da safra.
- Custos de produção: O aumento nos custos de insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, pode reduzir a margem de lucro dos produtores.
Os analistas esperam uma produção robusta, mas os rendimentos podem variar dependendo das condições climáticas durante a colheita. A tecnologia e o manejo eficiente serão cruciais para maximizar a produtividade.
A soja brasileira tem um potencial significativo no segundo semestre de 2024, impulsionada pela demanda internacional e preços favoráveis. No entanto, os produtores devem estar atentos às flutuações cambiais e às condições climáticas para garantir uma colheita lucrativa e sustentável