O preço do azeite de oliva pesa no bolso dos brasileiros desde outubro de 2023. Na época, o produto ficou cerca de 50% mais caro nas prateleiras. Em resumo, a queda na produção global e o aumento no consumo explicam a alta dos preços. Em geral, no Brasil, as vendas cresceram mais de 150% nos últimos 15 anos.
A boa notícia é que os preços devem começar a cair ainda este ano. A estimativa aponta uma redução de até 20%.
Produção de azeite afetada pelo clima
A mudança climática encareceu o azeite. Como 99% do produto consumido no Brasil vem do exterior, principalmente de Espanha e Portugal, as quebras de safra impactaram diretamente o mercado nacional.
Após duas safras afetadas pela seca, a colheita iniciada em outubro trouxe preços mais baixos. Esse cenário sinaliza uma recuperação gradual para o setor.
Líderes na produção global de azeite
A Espanha segue como principal produtora mundial de azeite, respondendo por 28,6% do mercado global em 2022/23. Outros grandes produtores são Turquia, Grécia e Itália.
A expectativa para a safra 2024/2025 é otimista. A produção global deve atingir 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 23% em comparação com a safra anterior. Esse crescimento será impulsionado por colheitas positivas na Espanha, Tunísia, Turquia e Grécia.
Por outro lado, a Itália não deve acompanhar esse ritmo. As condições climáticas adversas, como secas prolongadas e temperaturas elevadas, podem reduzir a produção em até 32%.
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Desafios climáticos persistem
Apesar das projeções positivas para 2025, as mudanças climáticas seguem como desafio constante para os produtores. Ou seja, a seca prolongada afeta diretamente regiões produtoras.
Tecnologia como aliada
Para enfrentar esses desafios, produtores têm investido em tecnologia. O uso de oliveiras mais resistentes à seca e sistemas avançados de monitoramento hídrico são algumas das soluções adotadas.
Portanto, a adaptação dos sistemas agrícolas será essencial para garantir a estabilidade do mercado global. Além disso, inovações tecnológicas e práticas eficientes se mostram fundamentais para assegurar o abastecimento de azeite e controlar os preços nos próximos anos.