As exportações brasileiras de carne bovina cresceram em abril de 2025. Em geral, o país embarcou 273,4 mil toneladas, com receita de US$ 1,33 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).
Resultado de abril de 2025
Em comparação com março, o volume exportado subiu 10,2%. Já a receita avançou 13,1%. Frente a abril de 2024, o crescimento foi ainda maior: 15,3% em volume e 27,6% em valor.
A carne bovina in natura manteve a liderança entre os produtos embarcados. Ou seja, essa categoria respondeu por 88,4% do volume total e 91,3% da receita gerada no mês. O destaque ficou com a gordura bovina, que teve alta de 199,4% no volume exportado em relação a abril do ano anterior. Ao mesmo tempo, outros produtos também registraram bom desempenho. As carnes industrializadas aumentaram 11,5% em receita. Os miúdos cresceram 11,8% e os produtos salgados subiram 62,2%. Os dados reforçam a diversificação da pauta exportadora.
Principais destinos
A China liderou entre os destinos da carne bovina brasileira em abril. O país asiático comprou 107,8 mil toneladas e gerou receita de US$ 530 milhões. Isso representa 39,4% do volume total exportado.
Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar, com 47,8 mil toneladas embarcadas. O crescimento foi de 13,6% em relação a março e de 498% frente a abril de 2024.
Também se destacaram México (10.978 t), Hong Kong (9.423 t), Chile (9.329 t), Egito (9.099 t), Rússia (7.938 t), União Europeia (7.425 t), Filipinas (7.078 t) e Arábia Saudita (6.294 t). Esses mercados responderam por mais de 81% das exportações do mês.
De janeiro a abril
No acumulado de janeiro a abril, o Brasil exportou 949,9 mil toneladas de carne bovina. Em resumo, o volume representa alta de 13,5% em comparação com o mesmo período de 2024. A receita subiu 23,7% e alcançou US$ 4,55 bilhões.
A China que lidera a compra da carne bovina brasileira, importou 392,3 mil toneladas, com US$ 1,89 bilhão em receita, nos quatro primeiros meses do ano. Em resumo, isso representa 41,3% do volume total exportado.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos mais que quintuplicaram suas compras no quadrimestre. Ou seja, o país embarcou 135,8 mil toneladas e alcançou 14,3% de participação nas exportações brasileiras.
Na sequência aparecem Chile (39.819 t), Hong Kong (33.711 t), União Europeia (29.777 t), Egito (27.421 t), Rússia (27.397 t), Argélia (24.985 t), México (24.313 t) e Arábia Saudita (20.909 t).
Segundo o presidente da ABIEC, Roberto Perosa, os resultados refletem o esforço conjunto da cadeia pecuária. “O desempenho é fruto do trabalho do produtor ao frigorífico exportador”, afirmou. Ele destacou a imagem de qualidade, sustentabilidade e confiabilidade da carne brasileira. “Apenas 30% da produção nacional é exportada, mas isso movimenta centenas de municípios”, disse. Além disso, Perosa reforçou o compromisso da cadeia em abastecer o mercado global. “Seguimos empenhados em contribuir para o crescimento do país”, concluiu.
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