As exportações brasileiras de frutas frescas e secas registraram um crescimento notável de 49% na última década, saltando de 733,2 milhões de toneladas em 2014 para 1,1 bilhão de toneladas em 2024. Os dados são do Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Apesar de um crescimento relativamente menor se comparado aos números totais do agronegócio, este volume evidencia a relevância da fruticultura para a economia nacional, caracterizada pela produção familiar, geração de empregos, valorização de produtos com alto valor agregado e diversificação da economia agrícola.
Em termos financeiros, as exportações de frutas geraram US$ 1,3 bilhão em 2024, em comparação com US$ 840,8 milhões em 20145. O agronegócio como um todo apresentou um montante de US$ 164,4 bilhões em 2024 e US$ 140,8 bilhões há dez anos.
Entre as frutas frescas mais exportadas, destacam-se manga, limão e lima, melão, mamão e melancia5. No entanto, banana, maçã e uva sofreram impactos negativos devido a condições climáticas adversas.
Principais destinos
Os principais destinos das frutas brasileiras em 2024 foram os Países Baixos (37%), Reino Unido (15%), Estados Unidos (13%) e Espanha (10%). A Argentina, na América do Sul, importou 3,3% das frutas exportadas.
O aumento das exportações impulsiona a economia local, diversifica os produtos agrícolas e garante uma oferta contínua ao longo do ano5. Muitos pequenos e médios produtores adotam práticas sustentáveis, recebendo incentivos para a produção de qualidade5. A expectativa para 2025 é de que as exportações continuem a crescer, impulsionadas pelo dólar valorizado e pela retomada da produção de algumas culturas.
A Abrafrutas, em parceria com a ApexBrasil, busca fortalecer a expansão das exportações de frutas brasileiras através de ações estratégicas junto aos fruticultores. O objetivo é aumentar o volume de exportações, ampliar a base de clientes e fortalecer a competitividade do Brasil no mercado global.
Para os próximos anos, os principais desafios do setor incluem agregar valor ao produto e utilizar tecnologias para minimizar os danos climáticos.
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