Em visita à China nesta terça-feira (13), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil pretende ampliar o comércio exterior com todas as regiões do mundo. No entanto, destacou maior potencial em parcerias com países da Ásia, Oriente Médio, Sul Global e membros dos BRICS, como Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Buscamos ampliar o comércio de forma irrestrita”, afirmou o ministro em entrevista concedida em Pequim. Segundo ele, desde 2023 o Brasil conquistou 362 novos mercados abertos para produtos da agropecuária.
China amplia mercado com o Brasil
A China autorizou, nesta terça-feira, a exportação de cinco novos produtos brasileiros: DDG, farelo de amendoim, carne de pato, carne de peru e miúdos de aves. Fávaro destacou que o anúncio de várias autorizações em um único dia representa um recorde. Para ele, o fato demonstra “a confiança mútua e a boa relação entre os países”.
Além disso, o ministro também ressaltou o diferencial diplomático brasileiro. “O Brasil não tem contencioso com nenhum país do mundo”, disse. Ele reforçou que o crescimento econômico global está concentrado em regiões com grande densidade populacional e alinhamento geopolítico. “Estamos aproveitando as oportunidades com segurança alimentar e energias renováveis”, afirmou.
Durante a visita, Fávaro também tratou da sincronia na aprovação de biotecnologias entre Brasil e China. Ou seja, o tema continua pendente, mas, segundo o ministro, as negociações evoluíram significativamente. “Queremos vender tecnologias agrícolas que já temos e também adquirir as que os chineses estão desenvolvendo”, explicou.
Outro destaque foi a assinatura de um acordo entre o Ministério de Minas e Energia e uma empresa chinesa. A parceria prevê a produção de nitrogenados no Brasil, essencial para garantir o fornecimento de fertilizantes. “Esse projeto é estratégico para a estabilidade da produção de alimentos no país”, concluiu o ministro.
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